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Daniel Almeida defende aprovação da MP dos Correios

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Correios, acompanhou todo o debate e votou à favor da Medida Provisória (MP) que reestrutura os Correios, aprovado na noite desta terça-feira (23) no Plenário da Câmara. Daniel acredita que o texto aprovado cria condições mais favoráveis para os Correios se fortalecer diante do mercado.

“Votei à favor da MP por confiar no projeto político nacional, iniciado pelo presidente Lula, e agora encabeçado pela presidente Dilma, que moderniza, mas preserva as empresas públicas. Além do que conseguimos avanços importantes na proteção dos empregos, dos direitos dos trabalhadores e sobretudo, na manutenção do caráter estatal da empresa”, justificou.

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“Ao contrário da oposição que ocupou a tribuna com um discurso demagogo, de defesa dos Correios, mas que em um passado não muito remoto, foi responsável pelo sucateamento total da empresa”, atacou.
 
Pela MP, os Correios terão o direito de atuar no exterior, constituir subsidiárias, adquirir controle ou participação acionária em sociedades empresariais, explorar serviços de logística integrada, financeiros, entre outras novas possíveis atribuições. A empresa poderá ter sua própria frota de aviões e operar no setor de telefonia celular.
 
Nas galerias setores dos trabalhadores protestaram contra a aprovação da Medida. Os trabalhadores temem que a medida represente o primeiro passo para uma privatização dos Correios e signifique perda de direitos para os ecetistas.
 
Para o deputado Daniel, a manifestação é justa, mas ele garante que o texto aprovado não significa ameaça para a integridade da empresa nem dos trabalhadores. “O risco que a ECT corre não se modernizar e perder a credibilidade dos brasileiros e o espaço no mercado” ressaltou.
 
Os trabalhadores alegam também falta de debate sobre o conteúdo das medidas. “O texto aprovado foi amplamente discutido com a classe”, rebateu Daniel. Recentemente a Frente Parlamentar em Defesa dos Correios, realizou por iniciativa do deputado Daniel, uma audiência pública, com a presença de Wagner Pinheiro, presidente da ECT, para tratar do assunto.
 
Na oportunidade o presidente negou que a empresa será privatizada com as mudanças estruturais trazidas pela MP. Pinheiro garantiu ainda que não haverá alterações com relação ao regime de trabalho dos funcionários, que continuarão sendo admitidos por meio de concurso público e regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
 
A ECT conta hoje com 107 mil trabalhadores e 18 mil agências. Em 2010, a estatal atingiu um lucro de R$827 milhões. Já no primeiro semestre deste ano, esse valor atingiu R$500 milhões, o que sinaliza a tendência de crescimento da instituição.