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O dia em que o revólver de Roberto Marinho mirou Carlos Lacerda

Uma revelação vai marcar o lançamento do documentário Roberto Marinho – O Senhor do Seu Tempo na semana que vem. Até então, acreditava-se que a briga entre Roberto Marinho e Carlos Lacerda nos anos 60 (antes, eram aliados) teve origem em uma polêmica envolvendo o Parque Lage, no Rio de Janeiro.

Nos anos 60, o dono das Organizações Globo quis fazer um empreendimento imobiliário no local. Mas Marinho foi impedido por Lacerda, então governador da Guanabara, que desapropriou o parque.

O filme vai contar outra versão para a desavença — a versão que Roberto Marinho contava para os seu filhos. De acordo com ela, a questão do Parque Lage foi consequência — e não a causa — da divergência.

Em seu depoimento, Roberto Irineu Marinho diz que a briga teve início quando o seu pai se recusou a apoiar a candidatura de Lacerda para a presidência da República, nas eleições programadas para 1965 — e anuladas pelo regime militar (1964-1985).

Segundo Marinho disse aos filhos, Lacerda enviou Armando Falcão para conversar em nome dele e pedir o seu apoio. O encontro ocorreu na casa de Roberto Marinho, no Cosme Velho.

Na ocasião, os ataques de Lacerda a Marinho foram tão violentos que o empresário pegou um revólver, pôs na cintura e partiu para o apartamento de Lacerda na Praia do Flamengo. Chegou a entrar no apartamento de Lacerda com o revólver engatilhado. Mas o governador da Guanabara acabara de sair de casa.

Da Redação, com informações do Radar Online