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Junta militar egípcia adia eleições parlamentares

As autoridades do Egito anunciaram nesta quarta-feira (13) que as eleições legislativas no país foram adiadas de setembro para outubro ou novembro. Não há detalhes sobre a mudança na data das eleições.

A Junta Militar que governa o país desde a renúncia do então presidente egípcio Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro, havia se comprometido a promover as eleições gerais.

As informações não oficiais indicam que a Junta Militar atendeu aos apelos dos agentes de segurança que argumentaram não dispor de condições adequadas para as eleições em setembro. Por esta razão, os policiais pediram para prorrogar o processo eleitoral.

O Conselho Supremo das Forças Armadas, que dirige o país desde a queda de Mubarak, cumprirá o estabelecido no anúncio constitucional, cujo artigo 41 estipula o início das medidas necessárias para as eleições em até seis meses depois da implantação da Constituição provisória.

Fixar uma data para o pleito depende, segundo a fonte, de medidas de segurança, organização e também de outras circunstâncias, como o mês sagrado do Ramadã, a peregrinação à Meca e outras festividades religiosas.

Segundo o artigo 32 da Carta Magna, a Câmara Baixa do Parlamento será formada por pelo menos 350 deputados, a metade dele trabalhadores e camponeses, designados mediante eleição direta e secreta para um mandato de cinco anos.

Quanto à Câmara Alta, o artigo 35 estipula que deve ser constituída por pelo menos 132 membros, dos quais dois terços serão escolhidos de modo direto, com mandato de seis anos, enquanto os demais serão designados pelo próprio presidente.

No entanto, o clima de tensão no Egito ainda permanece mesmo cinco meses depois da saída de Mubarak. Os manifestantes retomaram os protestos em todo país a partir da Praça Tahrir, que virou o símbolo da resistência não só no Egito como no mundo muçulmano, por divergências com o governo provisório.

Paralelamente, os críticos de Mubarak aguardam que ele e os dois filhos, Alaa e Gamal, além de colaboradores sejam julgados pela Justiça do Egito por denúncias de violações de direitos humanos cometidos durante os protestos contra o governo no começo deste ano. Os julgamentos estão marcados para a primeira semana de agosto.

Com agências