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Sob pressão, primeiro-ministro do Egito anuncia mudanças

O primeiro-ministro do Egito, Esam Sharaf, disse nesta terça-feira (12) que vai promover mudanças no governo em uma semana. Em discurso transmitido pela emissora estatal de televisão, Sharaf prometeu alterações, mas não detalhou como elas serão feitas. Desde fevereiro uma Junta Militar comanda o país, depois que o então presidente Hosni Mubarak renunciou sob pressão interna e externa.

Porém, a Junta Militar passou a ser cobrada por vários setores da sociedade egípcia. Uma série de protestos tem ocorrido no país nos últimos dias. Manifestantes permanecem acampados na Praça Tahir e em várias cidades do Egito.

Eles defendem a renúncia do vice-primeiro-ministro, Yehia l Gamal, e do atual ministro do Interior, Mansur El Esawi. No discurso, o primeiro-ministro reconheceu que o país vive “um momento histórico” que requer “maior comunicação” entre os governantes e a população.

Sharaf disse ainda que os policiais que estiveram envolvidos nos confrontos com manifestantes em janeiro serão afastados. A estimativa é que mais de 800 pessoas tenham morrido nesses protestos. Porém, a Junta Militar está com dificuldades de prender vários dos ex-colaboradores de Mubarak.

Nesta segunda, mesmo com ordem de prisão decretada pela Justiça do Egito, o ex-ministro da Agricultura Yusuf Wali não foi capturado. Ele é acusado de corrupção. Há denúncias de que Wali tenha vendido, há 11 anos, de forma ilegal e a um preço inferior ao de mercado, 38 hectares da ilha protegida de Al Temsah ao empresário egípcio-espanhol Husein Salem – detido em junho na Espanha por corrupção.

Fonte: Agência Brasil