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Com Serra em baixa, PSDB já “lança” abertamente Aécio para 2014

O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta quinta-feira (07) ser “uma grande ideia” o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sair candidato à Presidência da República em 2014. Questionado, ele respondeu: "E é uma grande idéia. Só podemos considerá-la assim".

Guerra esteve no apartamento de Aécio em Belo Horizonte, acompanhado do ex-senador Tasso Jereissati (CE), que preside o Instituto Teotônio Vilela. O dirigente tucano afirmou também ser uma boa estratégia vincular a eleição municipal do próximo ano à candidatura de Aécio em 2014: “Acho que é uma linha positiva e apostamos muito nas perspectivas do atual senador, ex-governador Aécio Neves.”

O presidenciável do PSDB em 2010, o ex-governador de São Paulo José Serra, não compareceu ao encontro de líderes tucanos na casa de Aécio — que durou mais de três horas e foi interrompida para que os políticos falassem com os jornalistas. Ao chegar ao encontro, Jereissati disse que estava ali para apenas uma visita porque ainda não tinha visto o colega mineiro de tipoia.

Aécio se recupera de uma queda de cavalo, mas confirmou que retoma atividades no Congresso Nacional na próxima semana. Ele desconversou quando questionado sobre recente discussão entre o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, e o ex-governador Serra. “Apenas soube pelos jornais”, esquivou-se.

Aécio vem articulando para ter cada vez mais espaço dentro do PSDB. Aliados e entusiastas de sua candidatura em 2014 vêm ganhando espaço na gestão de seu afilhado Antonio Anastasia. Desde maio, três líderes nacionais — dois do PSDB e um do aliado PPS — foram nomeados conselheiros em empresas controladas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

O ex-senador tucano Papaléo Paes (AP) está na Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), o ex-prefeito tucano de Cuiabá Wilson Santos está na Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) e o ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, Raul Jungmann (PPS), está na Ligth. Todos os cargos foram por indicações da estatal mineira Cemig e rendem salários em torno de R$ 10 mil para participação mensal em apenas uma reunião.

O bloco de oposição ao governo Anastasia na Assembleia Legislativa, “Minas Sem Censura”, aponta que as nomeações fariam parte de loteamento de cargos por Aécio, para construir seu projeto presidencial em 2014. Nesta quinta-feira (07), questionado sobre as nomeações dos aliados de fora de Minas, Aécio desconversou. “Aplaudo as nomeações, mas isso você deve perguntar ao governador Anastasia.”

Da Redação, com informações do iG