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Obama convida líderes do Congresso para discutir dívida

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou nesta terça-feira (5) propostas por um acordo de curto prazo para elevar o limite de dívida do país, pressionando líderes do Congresso a alcançar um amplo acordo dentro de duas semanas a fim de evitar que o governo entre em default (calote) em 2 de agosto.

Obama convidou os líderes democratas e republicanos do Congresso a irem à Casa Branca na quinta-feira para ficar a par das negociações paralisadas, com o intuito de chegar a um acordo orçamentário que permitiria ao Congresso elevar o teto da dívida, atualmente em US$ 14,3 trilhões (R$ 22,3 trilhões). 

As conversas sofreram um revés há duas semanas, e os republicanos estão céticos de que um novo encontro na Casa Branca fará muita diferença. O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, "questiona a utilidade do encontro", disse o assessor do principal republicano no Congresso.

Democratas e republicanos não conseguem entrar em acordo sobre como resolver o impasse. Os democratas insistem que alguns aumentos de impostos sejam considerados, enquanto os republicanos argumentam que isso prejudicaria a já frágil recuperação da economia e exigem profundos cortes de gastos.

No fim de semana, o senador republicano John Cornyn lançou a ideia de uma medida de curto prazo para aumentar o limite da dívida entre seis e oito meses, com o objetivo de respeitar o prazo final de 2 de agosto, enquanto negociadores do Congresso trabalham em prol de um acordo mais amplo.

Obama disse não compartilhar dessa visão.

"Sabemos que isso vai exigir decisões difíceis. Acho que é melhor para nós tomar essas decisões difíceis o mais rápido possível. E é isso que os norte-americanos esperam de nós, é isso que uma economia saudável vai exigir, esse é o tipo de progresso que espero fazer", afirmou.

O Congresso precisa elevar o limite de endividamento dos Estados Unidos para evitar que um default recoloque o país na recessão e derrube os mercados financeiros.

O Tesouro norte-americano tem dito que não terá mais recursos para honrar os compromissos do país depois do dia 2 de agosto.

Fonte: Reuters (Washington)