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Repressão a protestos deixa mais de mil feridos no Cairo

Um total de 1.036 pessoas — entre manifestantes e policiais — ficaram feridas nos confrontos que tiveram início na noite desta terça (28) e continuaram nesta quarta-feira (29) as proximidades da Praça Tahrir (Libertação), no centro do Cairo, informou o Ministério da Saúde, segundo a agência de notícias estatal Mena.

O subsecretário para Assuntos Políticos e Técnicos do Ministério da Saúde, Abdelhamid Abaza, precisou que dos 1.036 feridos, 916 foram atendidos no mesmo local, enquanto 120 foram levados a hospitais.

Anteriormente, o vice-ministro da Saúde tinha afirmado que 590 pessoas tinham se ferido durante os enfrentamentos que transcorrem na praça Tahrir e nos arredores.

Abaza precisou que os ferimentos foram cortes, hematomas, fraturas e traumatismos e revelou que várias ambulâncias ainda estão estacionadas nos arredores da praça Tahrir para caso o número de feridos aumente.

Os enfrentamentos começaram depois que familiares das vítimas da Revolução de 25 de janeiro não obtiveram permissão para entrar em um ato em homenagem às mais de 850 pessoas mortas nos protestos que culminaram no fim do governo de Hoshi Mubarak.

Nove pessoas foram detidas sob a acusação de terem instigado os confrontos ocorridos perto do teatro Al Balon, onde era realizado o ato de homenagem às vítimas, segundo fontes policiais citadas pela Mena.

Fontes oficiais asseguram que manifestantes arremessaram bombas de fabricação caseira contra instalações governamentais, incluído o Ministério do Interior, e estabelecimentos no meio da praça.

Para muitos egípcios, o Conselho Militar — que rege os destinos do país desde a saída de Mubarak da presidência após três décadas de governo — atua com demasiada lentidão na aplicação das prometidas reformas democráticas.

Da redação, com agências