Roubos de rua caem 13% na cidade do Rio de 2009 a 2010

De 2009 a 2010, os casos de roubo de rua (a pedestres, em coletivos e de celulares) na cidade do Rio caíram 13,6%, de 53.486 casos para 46.197. É o que mostra levantamento do Rio Como Vamos com base em estatísticas do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Copacabana foi a região da cidade que registrou a maior queda percentual no número de casos, 32,2%. Da Zona Sul às zonas Norte e Oeste, várias regiões tiveram redução significativa nos números de casos, entre elas Jacarepaguá/Cidade de Deus, Guaratiba, Pavuna e Rio Comprido. No primeiro trimestre deste ano, a tendência de queda se mantém em várias áreas e na cidade como um todo.

Região Administrativa (RA) onde se localiza um dos maiores centros comerciais da Zona Norte, Madureira teve uma queda percentual de ocorrências de 14,1%, maior que a média da cidade. O total de casos caiu de 6.607 em 2009 para 5.676 em 2010. Mas a RA ainda ocupa um incômodo primeiro lugar em total de roubos de rua registrados no Rio.

Em segundo lugar com o maior número de casos se revezam as regiões de Méier/Jacarezinho e Centro/Portuária. Em 2008, Méier/Jacarezinho superava o total de casos de Madureira: 5.752 contra 5.706. Apesar das estatísticas altas, assim como Madureira, essas regiões também apresentaram quedas nas ocorrências de 2009 para 2010.

Madureira e Jacarezinho são regiões da cidade onde existem cracolândias, que constantemente são alvos de ações policiais e da Secretaria Municipal de Assistência Social. A mais recente dessas operações ocorreu no dia 25 de maio, no Jacarezinho. Além de um grave problema social e de saúde pública, o uso do crack por menores, segundo informações da Polícia, está relacionado à prática de assaltos. Quando ocorrem apreensões de usuários nas cracolândias, o número de roubos nos arredores costuma cair.
O levantamento do Rio Como Vamos mostra ainda que, na comparação entre 2009 e 2010, duas regiões tiveram aumento significativo no número de roubos de rua: Santa Teresa, 39,4% (de 157 para 219) e Ilha do Governador, 13% (de 757 para 856). Nos três primeiros meses deste ano a Ilha do Governador vêm mantendo a tendência de aumento do número de ocorrências.