Petrobrás gastará R$ 1 bi em compensações ambientais do Comperj

As condições socioambientais impostas à Petrobrás para implantar o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) vão custar cerca de R$ 1 bilhão. O valor foi informado, no dia 4, na primeira reunião do Fórum Comperj, criado em 2007.

A estatal terá que bancar o plantio de 4 milhões de árvores; a oferta de água para a população da região de Itaguaí, onde se localiza o complexo; as obras de saneamento em Itaboraí e parte de Maricá; e a manutenção de uma área de preservação próxima ao polo. O plantio das árvores custará entre R$ 40 e R$ 50 milhões e o acordo será assinado em dez dias.

A água potável será provida pelo Rio Macacu, que será regularizado e terá a vazão ampliada em 5 metros cúbicos por segundo (m³/s). “Hoje, o rio tem 8m³/s que chegam na região. Essa ampliação vai quase dobrar a disponibilidade hídrica da região, que sofre com o problema crônico da falta de água. Os custos não estão completamente definidos, mas é algo da ordem de R$ 200 milhões”.

A Petrobrás ficará responsável por 100% do saneamento de Itaboraí e por parte do município de Maricá, já que teve a outra parte garantida pela segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Um investimento estimado em R$ 400 milhões à empresa. O acordo de responsabilidade será assinado em um mês.

Outro ponto que ficou definido foi a produção do Plano Diretor Regional, que será elaborado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em aproximadamente um mês. A ideia é reunir os 11 planos diretores municipais e hierarquizar e priorizar pontos em comum, de modo a atender todos os 15 municípios envolvidos na obra.

O diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, disse que a empresa também se prontificou em investir na capacitação dos municípios para a produção de projetos de infraestrutura e urbanismo e, assim, se beneficiarem com financiamentos públicos e privados. “As prefeituras, de um modo geral, não têm capacitação técnica suficiente para montar e financiar os projetos e a Petrobrás assumiu esses investimentos. Fizemos um convênio com a Fundação Getulio Vargas, que vai trabalhar nos planos diretores de cada município”.