Unidade marca o Ato Político do 1º de Maio no Ceará

Domingo (01), as Centrais Sindicais Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical e Nova Central realizaram Ato Político em comemoração ao Dia do Trabalhador. O evento contou com presença de lideranças dos movimentos sociais, do Deputado Estadual Lula Morais, Deputado Federal Chico Lopes, do Senador Inácio Arruda, do Delegado Regional do Trabalho, Papito Oliveira e representantes de sindicatos de diversas categorias.

O Senador Inácio Arruda esteve presente no Ato e destacou a importância da onda progressista instalada desde o governo Lula, que favoreceu a classe trabalhadora e enfatizou que mesmo assim ainda é preciso avançar mais nas pautas dos trabalhadores, em especial, na redução da jornada de trabalho. Inácio também citou que categorias como saúde e educação merecem uma atenção especial. “Não podemos permitir que professores sejam desvalorizados e que médicos trabalhem sobrecarregados nos hospitais e postos de saúde”, afirmou.

Inácio também cumprimentou a iniciativa das Centrais por proporcionar o movimento unitário neste 1º de maio. “Com essa coesão, a nossa luta terá mais força e isso vai contribuir para a construção de uma nação forte”, comemorou.

Bandeiras de luta

As pautas foram determinadas com base na última Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT). As Centrais Sindicais pontuaram algumas questões que movimentarão daqui pra frente o movimento dos trabalhadores no Ceará. A mais comentada foi a Redução da Jornada de Trabalho, sem redução de salário (PEC dos Senadores Inácio Arruda – PCdoB e Paulo Paim – PT).

De acordo com o Presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil no Ceará (CTB), Jaderson Sarto, a defesa de redução da jornada de trabalho está sendo o mote das mobilizações da classe trabalhadora, tanto por seu peso e como também pelos benefícios que a medida pode trazer para o Brasil. “Com essa aprovação vamos garantir mais empregos, tirando pessoas da informalidade e para isso estamos mobilizando os trabalhadores e parlamentares para que seja aprovado o mais rápido possível”.

O Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT/ CE), Agenor Lopes, reforçou que a redução da jornada de trabalho será positiva para o desenvolvimento do país, mas alertou que é preciso vigilância para que em nenhum momento, os direitos dos trabalhadores sejam precarizados. “O trabalhador precisa de mais tempo com sua família, para se qualificar e a Redução visa garantir isso”, completou.

Outro ponto também defendido pelas Centrais foi a valorização do salário mínimo. Segundo o Presidente da Força Sindical no Ceará, Raimundo Gomes, apesar de ainda não ter sido alcançado um valor que seja suficiente para que o trabalhador sustente sua família, os valores estão em rumo crescente e futuramente poderão trazer mais segurança para os trabalhadores “Acreditamos que com essa valorização vamos conquistar um salário mais digno para os trabalhadores brasileiros”.

Unidade na luta

Há alguns anos as Centrais não comemoravam o 1º de Maio unificado no Ceará. Esse fato permitiu que fosse possível a criação de uma agenda para além do Dia do Trabalhador. Para o Deputado Federal Chico Lopes (PCdoB), a divergência da classe trabalhadora só interessa ao setor patronal.

Chico Lopes considerou a iniciativa importante para o momento e defendeu com entusiasmo: “Com um plano de agenda em defesa do trabalhador e do desenvolvimento do país, com a soberania nacional emergente, nós não temos alternativa a não ser unificar a nossa luta” completou.

Opinião das Centrais sobre a unidade no 1º de Maio

“Esse 1º de Maio unificado é exatamente o símbolo da união. Nós estamos pensando juntos porque queremos um Brasil forte, pra frente, estamos preocupados com as questões dos trabalhadores e queremos unificar a força nos discursos e nas ações”.
Agenor Lopes – Presidente da União Geral dos Trabalhadores- UGT/ CE

“A CTB surgiu com essa ideia da unificação dos trabalhadores. A gente vem lutando e buscando essa unidade para que, junto com as demais Centrais, possamos trazer conquistas e benefícios para os trabalhadores”.
Jaderson Sarto – Presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil- CTB/ CE

“As Centrais juntas fazem a força e pra isso cada Central deve se conscientizar que cada vez mais unificados vamos cumprir nosso dever de conscientizar os trabalhadores.”
Raimundo Gomes – Presidente da Força Sindical/CE

“Nós achamos importante essa diversidade ideológica porque tem unificação para lutar e defender os direitos da classe trabalhadora. Então eu tenho um sentimento de que é uma obrigação das Centrais essa unidade para garantir esses direitos na nossa sociedade”.
Arimatéia Anselmo – Vice-presidente da Nova Central /CE


De Fortaleza,
Ivina Carla (estagiária do Portal Vermelho)