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Barak Obama anuncia que EUA mataram Bin Laden no Paquistão

Quase dez anos depois dos atentados de 11 de setembro, o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou na madrugada desta segunda-feira (2) que forças dos Estados Unidos mataram o fundador e líder da rede Al Qaeda, Osama Bin Laden.

Em pronunciamento ao vivo pela televisão, às 23h35 deste domingo (1º) em Washington (0h35 de segunda-feira no Brasil), Obama afirmou que Bin Laden foi morto em uma operação no interior do Paquistão.

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"Nesta noite, posso relatar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da Al Qaeda, um terrorista que é responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes", disse o presidente americano.

O líder da Al Qaeda era acusado de comandar dezenas de atentados, incluindo as explosões em duas embaixadas americanas no Leste da África em 1998 e os ataques de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3 mil pessoas no World Trade Center, em Nova York, e no Pentágono, em Washington.

Bin Laden ocupava o primeiro lugar na lista de criminosos mais procurados pelos Estados Unidos, e as forças americanas tentavam capturá-lo desde antes de 2001.

Segundo Obama, a operação que levou à morte de Bin Laden foi autorizada por ele na semana passada, após vários meses de coleta de informações de inteligência.

O presidente disse que, em agosto do ano passado, "depois de anos de trabalho meticuloso" da inteligência americana, foi informado sobre pistas que poderiam levar a Bin Laden. Ele informou que manteve diversos encontros com sua equipe de segurança e que novas informações indicaram que Bin Laden estaria escondido em um complexo no interior do Paquistão.

Segundo Obama, a operação foi conduzida por uma "pequena equipe de americanos" e não houve civis feridos. "Depois de uma troca de tiros, eles mataram Bin Laden e assumiram a custódia de seu corpo", acrescentou.

A operação policial-militar que levou à morte de Osama Bin Laden é reveladora de que além do Iraque e Afeganistão, os Estados Unidos estão militarmente presentes no Paquistão, país constantemente atacado pelos aviões não tripulados “Drone”.

Segundo as agências estadunidenses, o corpo de Bin Laden foi atirado ao mar, depois de uma cerimônia que seguiu os preceitos muçulmanos.

As autoridades norte-americanas justificaram o enterro no mar informando que seria difícil encontrar um país que aceitasse receber o corpo de um dos mais procurados líderes extremistas do mundo.

Ex-presidentes

Em curta nota oficial, o ex-presidente norte-americano George W. Bush afirmou nesta segunda-feira (2) que a morte do líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden, é uma vitória, mas lembrou que “a luta contra o terrorismo não deve acabar”. Os atentados de 11 de setembro de 2001 ocorreram durante o governo Bush.

Antecessor de Bush na Presidência dos Estados Unidos, o ex-presidente Bill Clinton destacou que a morte de Bin Laden representa para o mundo “um futuro comum de paz e de liberdade”.

Ambos os ex-presidentes tiveram seus mandatos marcados pelas guerras de agressão ao Iraque. George W. Bush, além de ter invadido o país árabe pela segunda vez, ocupou o Afeganistão em outubro de 2001, onde até hoje permanecem tropas invasoras dos Estados Unidos e da Otan, em nome da “luta contra o terrorismo”.

Governo paquistanês

O governo do Paquistão confirmou na manhã desta segunda a morte de Bin Laden. De acordo com a Chancelaria, o fato reafirma o desejo do Paquistão, cujos serviços vêm sendo acusados de estar em contato com rebeldes afegãos, de lutar contra o terrorismo.

“Temos estabelecido sistemas extremamente efetivos para compartilhar informações de inteligência com outras agências do mundo, inclusive com as dos Estados Unidos. Continuaremos apoiando os esforços internacionais contra o terrorismo”, informou a Chancelaria.

Pelo conteúdo do comunicado, descarta-se que os militares paquistaneses tenham tido participação na operação que matou Osama Bin Laden.

Pouco depois da morte de Bin Laden ser anunciada publicamente, o presidente Zardari se reuniu com o primeiro ministro, Yousuf Raza Gilani, e com o alto comando do exército, mas até o momento, não foram divulgadas mais informações sobre o encontro.

Repercussão internacional

Diversos líderes políticos internacionais, entre eles o presidente francês Nicolás Sarkozy, o primeiro-ministro britânico, David Cameron e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, comemoraram a morte de Bin Laden. Todfos de uma ou outra forma também disserram que a morte de Bin Laden não pode ser compreendida como o fim do combate ao terrorismo no mundo.

Com agências