Racha no PSDB de São Paulo fica ainda maior

Novo comando na capital paulista foi eleito sem o apoio da bancada de vereadores

Menos de seis meses após uma eleição presidencial marcada pela divisão do partido, o PSDB, principal sigla de oposição ao governo federal, deu no último domingo (10) novas mostras de que não consegue se unir em torno de um projeto. Na capital de São Paulo, os tucanos fracassaram na tentativa de eleger uma chapa de consenso para comandar sua instância municipal e, assim, iniciaram divididos a caminhada pela sucessão do prefeito Gilberto Kassab.

O secretário estadual Julio Semeghini (Gestão Pública), com apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi eleito para comandar o Diretório Municipal do PSDB, porém sem o apoio da bancada de vereadores da capital, considerada fundamental para o eventual sucesso de uma candidatura tucana a prefeito por conta de sua inserção nas áreas mais populosas da cidade.

A bancada não aceitou os termos do acordo proposto pelo grupo de secretários ligados a Alckmin para a composição da Executiva e decidiu abandonar o processo de votação, realizado ontem na Câmara Municipal de São Paulo. Os vereadores queriam ficar com a secretaria-geral do PSDB paulistano, cargo logo abaixo da presidência na hierarquia partidária e com alto poder deliberativo. Não conseguiram.

Floriano Pesaro, um dos tucanos mais influentes da Câmara por conta de sua ligação com o ex-governador de São Paulo José Serra e com o atual, Alckmin, admitiu que o resultado foi ruim. "Acho que o resultado final foi muito ruim porque os vereadores são a base do partido."

Da redação, com R7