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Sindicalismo colombiano reforça luta contra TLC com EUA

A Central Unitária de Trabalhadores da Colômbia (CUT) e a Confederação de Trabalhadores da Colômbia (CTC) reiteraram seu descontentamento com a possível aprovação de um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos. Segundo as entidades, trata-se de um “pacto entre economias e sociedades distintas”.

A oposição apresentada por duas das maiores organizações sindicais colombianas é uma resposta ao relançamento em Washington, na sexta-feira, da proposta do TLC. Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, se reuniram na capital americana para discutir formas de melhorar a situação dos “direitos humanos dos sindicalistas”, a fim de impulsionar a ratificação do tratado pendente.

O TLC entre os países, aprovado em 2006, não foi ratificado por conta do pedido de congressistas democratas dos Estados Unidos, que exigem melhores condições para os trabalhadores colombianos, assim como condições de segurança para os sindicalistas. Os democratas propõem um "plano de ação" para “melhorar a situação dos direitos humanos” no movimento.

Segundo um comunicado conjunto das organizações sindicais colombianas, as agressões contra membros do sindicato somam 2.861 homicídios de 1986 a 2011. Além disso, houve no mesmo período 11 mil "atos de violência" registrados contra representantes das centrais.

Com suas ressalvas ao TLC, os democratas também representam os interesses dos sindicatos norte-americanos, em sua maioria contrários aos acordos comerciais, alegando que esta é uma forma de favorecer a "exportação" de postos de trabalho. O "plano de ação" confirma" o "compromisso em andamento" das autoridades de Bogotá "para proteger os direitos trabalhistas internacionalmente reconhecidos" e perseguir aqueles que exercem a violência contra dirigentes sindicais.

Da Redação, com informações da Ansa Latina