7 de abril – Dia Nacional de Paralisação dos médicos de convênios

 Médicos de todo o Brasil que prestam serviços para operadoras de planos de saúde paralisam suas atividades na próxima quinta-feira, 07 de abril. A categoria vai promover o Dia Nacional de Paralisação, numa luta pela valorização do trabalho médico e por reajustes dignos nos honorários pagos pelas operadoras de saúde. Hoje, alguns planos de saúde chegam a pagar a um médico em torno de R$ 25,00 a R$ 30,00 por consulta.

No Ceará, o movimento está sendo coordenado pelo Sindicato dos Médicos.

 No Ceará, o movimento está sendo coordenado pelo Sindicato dos Médicos. O presidente da entidade, José Maria Pontes, está convocando toda a imprensa, para uma entrevista coletiva, às 10 horas, do dia 07 de abril, dia da paralisação. Ele vai fazer uma análise do movimento e explicar as bandeiras de luta da categoria, que são: a implantação de uma lei que regulamente a contratualização e o reajuste anual de honorários médicos, tendo como base a CBHPM.

Para José Maria Pontes, é preciso uma reação forte contra a exploração dos planos de saúde. "Não podemos nos acomodar", disse, mostrando a necessidade de chamar a atenção da sociedade para o problema, que no final, atinge principalmente a população. "Tudo que os planos de saúde fazem é para favorecer a eles mesmos. Muitos médicos estão fechando consultórios, ou passando a atender só consultas particulares. Não dá para viver com o valor irrisório que os planos pagam por uma consulta", afirmou.

A decisão de paralisar por um dia os atendimentos dos planos de saúde foi tomada na reunião da Comissão de Saúde Suplementar, no dias 18 de fevereiros, formada por membros das três entidades médicas nacionais – Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, em conjunto com a Comissão de Consolidação da CBHPM. Na reunião, os representantes das entidades médicas definiram também que 18 de outubro, quando se comemora o Dia do Médico, será a data base proposta para a elaboração de acordos coletivos de trabalho, intermediados pelos sindicatos médicos, que contemplem reajustes nos valores pagos pelas operadoras pelos procedimentos realizados pelos médicos.

Fonte: Acessoria de Impressa do SIMEC