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Crescem conflitos trabalhistas em Honduras; governo reprime

Trabalhadores hondurenhos da saúde entram em greve nesta segunda-feira (28) em protesto pela possível redução de suas pensões de aposentadoria e em solidariedade com os professores em greve há várias semanas.

O sindicato rechaça um acordo Stand By assinado pelo governo com o Fundo Monetário Internacional que diminuirá os benefícios aos filiados do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Empregados Públicos e ao Instituto de Previdência do Magistério.

Segundo denunciaram líderes sindicais, o acordo com o FMI inclui também demissões e o desmantelamento das organizações sindicais.

A greve no setor da saúde se somará à que realizam os professores desde 9 de março para rechaçar a privatização do ensino e reivindicar o pagamento de salários atrasados.

Depois de declarar a greve ilegal, o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, anunciou a demissão de professores e a dissolução de suas organizações.

O poder Executivo "tem liberdade de demitir os docentes e dissolver definitivamente as organizações sindicais que promoveram ou apoiaram a greve por se desviar de suas próprias finalidades e existência legal”, disse.

Segundo o governo, os professores que não derem aulas a partir desta segunda-feira serão suspensos por um período de dois meses a um ano.

Dirigentes sindicais rechaçaram as ameaças e manifestaram sua determinação de continuar nas ruas até que se dê uma resposta a suas reivindicações.

"Lamentamos a decisão governamental porque cria maior confrontação e afasta o diálogo para resolver a crise", declarou Daniel Duron, secretário da Central Geral dos Trabalhadores.

As forças da polícia e o exército reprimiram os protestos do magistério, com saldo de uma professora morta, vários feridos, 40 intoxicados por gases e quase uma centena de presos.

Prensa Latina