No Chile, Obama indicará política para América Latina
O presidente dos EUA, Barack Obama, desembarca nesta segunda-feira no Chile para uma visita oficial de menos de 24 horas. A capital chilena, Santiago, foi escolhida para um discurso no qual o chefe do imperialismo estadunidense explicará sua política para a região – o principal pronunciamento da viagem que incluiu o Brasil e terá como última etapa El Salvador.
Publicado 21/03/2011 13:13
O discurso será realizado no Centro Cultural do Palácio La Moneda e coincidirá com o 50º aniversário do anúncio feito pelo ex-presidente americano John Kennedy, em 1961, da Aliança Para o Progresso.
A Casa Branca difunde comunicados à imprensa para criar expectativa em relação ao pronunciamento sugerindo que terá para a região a mesma dimensão que supostamente teve para o Oriente Médio o discurso feito no Cairo em junho de 2009.
No Chile, Obama deve reiterar seu objetivo de atuar em conjunto com os países da região em diversas áreas da economia, destacadamente a energia.
O governo chileno está capitalizando a visita do presidente dos EUA, mas os movimentos sociais não são receptivos. Manifestações de protesto estão programadas para esta tarde em Santiago. Em entrevista ao jornal chileno “El Mercúrio”, publicada no domingo, Obama justificou a escolha do Chile como palco de seu principal discurso para a América Latina dizendo que “a exitosa transição democrática e seu crescimento econômico são um modelo para a região e o mundo.”
É preciso lembrar que a “democracia” chilena é uma das mais restritivas, com um sistema constitucional e eleitoral herdados da ditadura. Quanto ao modelo econômico, o Chile foi o pioneiro da aplicação das políticas neoliberais.
Com agências