Ministro anuncia R$ 30 milhões para médio produtor do AM

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, comprometeu-se em liberar R$ 30 milhões em linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para custear os médios produtores do Estado do Amazonas. Os recursos serão do Plano Safra 2011/2012 que o governo federal anunciará ainda neste semestre.

Reunião com ministro da agricultura

A reivindicação foi feita pelos senadores Eduardo Braga (PMDB), Vanessa Grazziotin (PCdoB) e o secretário de produção rural do Estado, Eron Bezerra, que estiveram em audiência com o ministro na quarta (16) à noite, em Brasília.

Além da linha de financiamento, Rossi disse que vai manter o convênio com o Estado para erradicar a febre aftosa e tornar o Amazonas livre da doença, ajudar no zoneamento agrícola, mecanização do campo, com a recuperação de vicinais e redução nos desmatamentos e queimadas, e na construção da Central de Comercialização do Amazonas.

“O ministro revelou muita simpatia pelas demandas porque elas estavam numa programação já existente. A partir da próxima semana vamos começar a debater com os técnicos do ministério o encaminhamento delas”, disse Eron Bezerra, que esteve acompanhado de alguns subsecretários da Sepror e o presidente do Idam, Edimar Vizolli.

Os recursos da linha de financiamento, que terão juros de 6% ao ano, vão propiciar, entre outros projetos, a instalação de agroindústrias e indústrias de laticínios no interior do Estado. Os médios produtores amazonenses estavam sem condições de acessar uma fonte atrativa, pois os financiamentos beneficiavam apenas os pequenos produtores.

Com empreendimentos envolvendo recursos superiores a R$ 1 milhão, esse segmento não consegue acesso ao financiamento do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e nem do FNO (Fundo Constitucional de Financiamentos do Norte), destinados a pequenos e grandes projetos, respectivamente.

“Há centenas de pessoas nessa situação. Tem um exemplo concreto em Presidente Figueiredo onde um produtor encontra dificuldades para montar uma indústria de laticínio orçada em R$ 2 milhões”, disse o secretário.