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PT e PMDB defendem ideias opostas no debate da reforma política

Excesso de projetos, divergências de posições e falta de acordo entre Senado e Câmara foram alguns dos motivos que impediram a aprovação da reforma política no Congresso nos últimos anos. A discussão continua. Partidos da base governista, PT e PMDB, defendem idéias opostas em relação a um dos eixos principais da reforma: a manutenção ou não do sistema de eleição proporcional.

O PT quer manter o sistema de eleição proporcional, o que aumenta a possibilidade de opiniões diversas se manterem no Congresso. Para os petistas, o voto em lista fortalece os partidos como instituição. Já o PMDB quer adotar a eleição por voto majoritário. Por essa regra, quem tem mais votos é o eleito. Os peemedebistas alegam que existem distorções na utilização do chamado coeficiente eleitoral.

Opinião comunista

De acordo com o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), a representação dos dois partidos é importante por serem as maiores nas bancadas, mas existem outras centenas de parlamentares com opiniões diversas e que devem ser analisadas. “Ora, eles são 160 de 513 parlamentares e há muita coisa a ser discutida. Nós comunistas, por exemplo, defendemos a ampliação da democracia, por isso votamos a favor do voto proporcional e o financiamento público”, disse.

“Acreditamos que a reforma é conservadora no que se refere à restrição do parlamento a um número pequeno de partidos”, diz o senador. E completa: “Quanto mais partidos, maior a democracia e a liberdade de diversos segmentos se expressarem”.

De Brasília, Régia Vitória