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Desemprego no país sobe para 10,4%, segundo o Dieese

A taxa de desemprego no país iniciou o ano em alta, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em sete regiões metropolitanas e divulgada nesta quarta-feira (23). O índice ficou em 10,4%, ante taxa de 10,1% registrada em dezembro. Esse percentual é o menor para meses de janeiro desde 1998.

O índice em São Paulo também subiu no mês passado, passando de 10,1% em dezembro para 10,5% –ainda assim, é a menor taxa para janeiro desde 1992. As estatísticas mostram que o propalado “pleno emprego”, embora real em alguns ramos da economia, não passa de ilusão para a maioria dos trabalhadores, especialmente os mais pobres. A alta do índice já deve estar refletindo a desaceleração do crescimento da economia.

Mais de 2 milhões no ócio involuntário

Em Porto Alegre e Recife, as taxas apresentaram aumento, de 7,2% para 7,3% e de 12,8% para 13,5%, respectivamente. Em Salvador, passou de 13,8% para 13,6%. Em Belo Horizonte e Fortaleza, as taxas tiveram alta, de 7,1% para 7,7% e de 8,3% para 8,5%, respectivamente. No Distrito Federal, a taxa passou de 12,9% para 12,6%.

O contingente de desempregados nos sete locais analisados foi estimado em 2,291 milhões de pessoas em janeiro, 57 mil a mais do que o estimado em dezembro. Esse número é resultante do fechamento de 165 mil ocupações, aliado à saída de 108 mil pessoas do mercado de trabalho.

Setores

Nesse mesmo comparativo, o nível de ocupação, na média nacional, teve queda de 0,8%. O total de ocupados nas sete regiões pesquisadas foi estimado em 19,785 milhões de pessoas, para uma PEA (População Economicamente Ativa) de 22,076 milhões.

Na divisão por atividade, o nível de ocupação cresceu em apenas um dos cinco setores: comércio, com a abertura de 35 mil vagas.

No setor de serviços, foram fechadas 121 mil vagas, seguido pela indústria, com menos 32 mil postos de trabalho, quantidade superior à registrada na construção civil (28 mil) e no agregado de outros setores (19 mil).

Renda cai

O rendimento médio real dos ocupados caiu 0,4% no país em dezembro, chegando a R$ 1.389. Já o dos assalariados ficou em R$ 1.425, apresentando redução de 0,6%.

Na análise por região metropolitana, o rendimento médio dos ocupados aumentou em três dos sete locais. Fortaleza registrou o maior aumento percentual com os trabalhadores passando a ganhar, na média, 1,3% a mais, chegando a R$ 876.

Salvador apresentou acréscimo de 1,2%, para R$ 1.096. No Distrito Federal, a alta foi de 0,2%, para R$ 2.106. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, houve redução no rendimento, de 2,1% e 0,6%, respectivamente, para R$ 1.335 e R$ 1.364. A remuneração média dos ocupados no Recife também caiu, em 0,5%, para R$ 937.

Com agências