São Paulo tem um erro de enfermagem por dia

Não foi o tumor em estágio avançado que o ajudante-geral Paulo Roberto Felipe, 46 anos, tinha no cérebro que o levou à morte. Internado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) durante aproximadamente dois meses no Hospital Santa Marcelina, em Itaquera (zona leste de SP), ele morreu de parada cardiorrespiratória e embolia pulmonar depois que uma auxiliar de enfermagem injetou, por engano, óleo de uso externo em seu sangue.

SO caso, que ocorreu em agosto de 2009, é um entre diversos erros de enfermagem investigados pelo Coren (conselho da categoria) no Estado. No ano passado, o órgão recebeu 250 denúncias. Das ocorrências apuradas até novembro, sete resultaram na morte de pacientes –cerca de uma a cada dois meses. Somente neste ano, até o dia 7 de fevereiro, foram 54 notificações, mais de uma por dia.
O irmão de Felipe, Francisco Carlos Felipe, 51 anos, e os outros familiares do paciente pretendem processar a unidade de saúde. O Ministério Público investiga o caso. "Ninguém explicou como aquele remédio foi parar na seringa", diz Roseli Felipe, 42 anos, que também é irmã da vítima.

Fonte: Agora SP