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Egito: Irmandade Muçulmana apela por transição pacífica do poder

A Irmandade Muçulmana, principal força de oposição do Egito, lançou um apelo neste sábado (29) por uma transição pacífica do poder, em um comunicado divulgado no quinto dia de protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak.

O tradicional movimento islâmico reiterou seu apoio à "abençoada rebelião pacífica" dos egípcios, e pediu a formação de um "governo interino sem o Partido Nacional Democrata (de Mubarak) que organize eleições honestas e uma transição pacífica do poder".

Protestos prosseguem

Milhares de egípcios se dirigem em massa à praça central de Tahrir, no Cairo, epicentro dos protestos nos últimos dias, em um claro desafio ao toque de recolher imposto pelas autoridades, que começou às 16h local (meio-dia de Brasília).

O centro da cidade, onde se concentram dezenas de milhares de manifestantes, está controlado exclusivamente pelas tropas do Exército, enquanto a Polícia vigia apenas alguns pontos determinados.

Os manifestantes compareceram em massa à praça Tahrir (Libertação, em árabe), vindos de diferentes locais da cidade, com cartazes críticos ao regime político de Hosni Mubarak, que está no poder desde 1981.

Muitos jovens gritavam palavras de ordem contra o Governo egípcio e contra Mubarak, a quem pediam que abandone o poder, enquanto cruzavam uma das pontes que ligam o centro da capital com os bairros da margem oposta do Nilo.

O coração do Cairo, símbolo dos protestos políticos que começaram na terça-feira passada, vive um ambiente de eurofia perante a ausência policial.

Os militares, ao contrário das forças policiais, são bem recebidos pelos manifestantes, que não hesitam em tirar fotos com eles e subir nos tanques.

Tudo isso ocorre mesmo com a antecipação do horário do toque de recolher, vigente desde sexta-feira no Cairo, Alexandria e Suez.

Fontes: EFE e AFP