Foi um prazer conhecê-la MÃE AFRICA*

Participar do 17° Festival de Jovens e Estudantes na África do Sul, que aconteceu de 13 a 21 de dezembro, foi uma experiência importante e riquíssima. Representando a Unegro-RS pude participar de um encontro onde vários países se reúnem para discutir e dividir suas realidades e dificuldades.

Bruna representou a Unegro-RS no Festival Mundial da Juventude. - Bruna Rodrigues

Em Pretória, tive a oportunidade de conhecer a forma como o mundo nos observa e ver de perto a importância que o Brasil adquiriu nos últimos oito anos. Deixamos de ser apenas o país do futebol para ser o país do presidente Lula, visto por todos com muito respeito e admiração.

O encontro foi repleto de momentos importantes, dos quais destaco a surpresa de um moçambicano em saber que havia em nosso país, terra de todos os povos e de tanta miscigenação, uma entidade de negros como a Unegro. Respondi a ele que no Brasil ainda existe muito racismo, daquele conservador e velado, que não se assume como tal, mas que é visto e sentido nas atitudes, nas decisões concretas do dia a dia. Por isso lutamos por políticas afirmativas, como as cotas raciais em universidade e em concursos públicos. Temos ainda o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado recentemente e que representa um novo patamar tanto na luta pelo fim da discriminação racial no país. Mas queremos mais, queremos a igualdade plena, e para isso teremos ainda que lutar muito.

Visitar a África do Sul significa também conhecer a terra onde aconteceu o apartheid – legislação que segregou negros por quatro décadas. Vinte anos após sua extinção, ele ainda continua muito presente na vida das pessoas. Muitos que na época eram crianças hoje são adultos a e ainda lembram como foi horrível perder amigos e familiares. Impossível não falar de Nelson Mandela, homem que acabou com esse regime de segregação e que viveu tudo dentro da prisão por seu povo. Não tive a oportunidade de conhecê-lo, mas conheci um pouco da sua historia mais de perto, o povo o adora, o guerreiro negro do apartheid. Se existe lenda viva ela se chama Nelson Mandela.

Foi um prazer conhecê-la MÃE AFRICA.

* Bruna Rodrigues
  UNEGRO/RS