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Turquia condena relatório sobre ataque a frota humanitária

A Turquia condenou o inquérito israelense publicado neste domingo (23) que concluiu ter sido "legal" o ataque de Israel ao barco que tentava levar ajuda humanitária à faixa de Gaza, em maio passado.

O premiê turco, Recep Tayyip Erdogan disse que o inquérito não tem valor ou credibilidade. "Este relatório foi preparado sob ordens diretas. Como pode ter qualquer valor ou credibilidade um inquérito feito pelo próprio país acusado?", disse Erdogan.

Outro inquérito sobre o incidente, preparado pela ONU, concluiu que a marinha israelense agiu com "níveis inaceitáveis de brutalidade".

Segundo as conclusões publicadas neste domingo pela Marinha israelense, as forças israelenses agiram dentro das "regras da legislação internacional".

O ataque, em que morreram nove ativistas turcos, foi alvo de ampla copndenação internacional. A ação dos sionistas israelenses, um verdadeiro crime de lesa-humanidade, ocorreu em 31 de maio do ano passado, quando mais de 600 ativistas tentavam romper o bloqueio israelense à Faixa de Gaza e levar 10 toneladas de alimentos para as áreas isoladas. Eles viajavam em seis barcos sob articulação da organização Free Gaza. Todas as mortes ocorreram no navio Mavi Marmara, de propriedade turca.

O governo direitista de Israel argüiu o pretexto de que agiu porque os ativistas estavam determinados a atacar os seus soldados. Mas os resultados de exames póstumos feitos na Turquia encontraram 30 balas no corpo dos nove ativistas. Um deles levou quatro tiros na cabeça.

O episódio gerou uma crise diplomática entre Israel e a Turquia. As autoridades turcas descreveram a ação como "terrorismo de Estado" e submeteram à ONU a sua própria investigação, que culpou Israel pelas nove mortes.

Após o incidente, em meio a pressões, o governo israelense aliviou o bloqueio à Faixa de Gaza, permitindo a entrada de mais alimentos e outros produtos.

Com agências