Bienal da UNE: Artistas mostram a nova cara do grafite do Cariri

De atenções disputadas por todas as linguagens, é no Rio de Janeiro que o grafite do Cariri ganha corpo. Acontece que como diversos trabalhos de todas as áreas, um status vem junto com a participação no maior evento de arte e cultura da America Latina, a bienal da UNE, que nessa edição tem um toque pouco mais forte do Cariri. O Coletivo Camaradas e o Oco são uma das trupes que marcaram presença.

Grafite

O grafiteiro Marlon Torres que faz parte do coletivo, conta que sente dificuldade de produzir no interior cearense. Faltam referências, coisa que na bienal tem de sobra. Preocupados nas mudanças, no porvir, documentar e mesmo incentivar novas produções, as idéias da bienal se encaixam nos percalços enfrentados por Marlon. “Estamos todos interagindo aqui. Tenho certeza de que meu trabalho vai ser diferente depois de ter conhecido tanta gente e tantos trabalhos”, diz.

O artista explica que o grafite varia bastante, são muitos os materiais e os conceitos por trás de cada muro pintado. Uns procuram o trabalho estético investindo pesado no jogo de cores e formas, outros conceitual, tentando tocar os que vêem com a reflexão. O artista plástico Renato Jesus que dividiu tintas e ideias com ele, explica que grafite se não estiver a mostra, se resume a linguagem ou técnica. “Grafite é pra estar na rua, com o povo tocando neles”, fazendo o trabalho deles na UNE uma arte íntegra. Não aquela um tanto cega produzida por Marlon que se diz carente de mais contatos e discussão na área, mais a arte que transforma e liberta.

Fonte: Blog Coletivo Camaradas