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Dilma cumprirá intensa agenda na Argentina

Ao desembarcar em Buenos Aires, no próximo dia 31, a presidente Dilma Rousseff terá uma pauta repleta de temas para conversar com a presidente argentina Cristina Kirchner. A ideia é negociar a ampliação das parcerias nas áreas de energia elétrica e nuclear, além de projetos de desenvolvimento social e também de tecnologia digital e investimentos no setor de mineração. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, Telam.

A visita de Dilma à Argentina será a primeira viagem da presidente ao exterior, inaugurando uma série que inclui Uruguai, Paraguai e Peru, em fevereiro. Com isso, Dilma confirma que na política externa a América do Sul e o Caribe terão tratamento diferenciado. A agenda da presidente em Buenos Aires foi definida na visita à Argentina do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

O chanceler passou a segunda-feira (10) reunido com autoridades argentinas. O último encontro foi com Cristina Kirchner. Antes, ele esteve com o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Hector Timerman, e os ministros do Planejamento e Investimentos Públicos, Júlio de Vido, de Finanças, Amado Boudou, e de Desenvolvimento Social, Alícia Margarita Kirchner.

Autoridades do Ministério do Planejamento da Argentina informaram que os governos dos dois países devem aprovar propostas para avançar na construção do complexo hidrelétrico de Garabi, na região argentina de Corrientes e o estado do Rio Grande do Sul. O objetivo é começar as obras em 2012 para que no futuro a hidrelétrica seja capaz de gerar aproximadamente 2.900 megawatts.

Em conversas com auxiliares, Timerman afirmou que as questões comerciais também terão espaço nas conversas de Dilma e Cristina Kirchner. O comércio entre Brasil e Argentina é intenso e só em 2010 registrou US$ 32,9 bilhões – favoráveis ao Brasil.

Desde o final do ano passado, os argentinos vivem um período conturbado da economia. Pouco antes da passagem do ano, houve registros de desabastecimento de combustíveis nos postos de gasolina e também falta de alguns tipos de mercadorias nas prateleiras dos supermercados, assim como ocorreram apagões.

Paralelamente, o clima é de disputa política na Argentina. Em outubro, há eleições presidenciais e a corrida já começou. A atual presidente deve tentar a reeleição e também estão no páreo Ricardo Alfonsín e Eduardo Duhlade.

As eleições na Argentina têm características singulares, pois há um ex-presidente da República que tenta voltar ao poder e o filho de outro ex-chefe de Estado que quer seguir os passos do pai. Ricardo Alfonsín é filho do ex-presidente Raúl Alfonsín, que morreu em 2009. Já Duhalde foi presidente da República da Argentina em 2002.

A viagem de Patriota ocorre às vésperas da nomeação da Argentina como nova presidente do  G-77 mais a China, que ocorrerá na quarta-feira (12). O G-77 mais China reúne os países em desenvolvimento e foi estabelecido com a meta de manter a coordenação das ações de articulação sobre interesses econômicos e comerciais em bloco. Uma das prioridades é a busca por acordos mais justos nas relações Sul-Sul.

Agência Brasil