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China valoriza investimento em mídia para promover "imagem justa”

A China vai aumentar os investimentos nas instituições mediáticas, principalmente aquelas voltadas para o público estrangeiro, a fim de apresentar ao mundo uma imagem mais justa e mais realista da China, declarou um alto funcionário chinês.

Uma série de medidas visando a sustentar financeiramente e a estimular as organizações de mídia a voltar suas antenas para o exterior deveriam ser adotadas, revelou Liu Binjie, diretor da Administração Estatal da Imprensa e da Publicação em entrevista a China Daily.

"A China tem doravante um status internacional de envergadura, devido a isso as instituições mediáticas exercem uma influência crescente na cena internacional”, disse.

Desde dezembro passado, a versão européia do primeiro diário chinês em idioma inglês, o China Daily está disponível nas bancas de revistas britânicas; uma nova edição asiática mais leve, que cobre uma parte dos países asiáticos, também foi lançada.

Além disso, por ocasião da abertura de sua sede em Dubai, o Canal de Televisão Nacional Chinesa CCTV, fundou o Centro Regional do Oriente Médio.

Além das instituições mediáticas, um número crescente de casas editoriais igualmente buscam ampliar o número dos seus leitores no exterior.

Segundo dados da Administração Estatal da Imprensa e da Publicação, os livros e periódicos chineses passaram a integrar no ano passado as bibliotecas nacionais de 193 países.

Contrariamente aos anos anteriores, quando os estrangeiros só se interessavam pela cultura tradicional chinesa, incluindo o Kung Fu e a medicina chinesa, a comunidade internacional fixa no presente toda a sua atenção na modernização da China e na economia, das quais se beneficia, constatou Liu.

« Nós observamos um recrudescimento do número de países ocidentais que desejam multiplicar os intercâmbios econômicos com a China”, declarou, acrescentando que no futuro a China “publicará ainda mais biografias e obras literárias para corresponder à crescente demanda do mercado externo.

Nos últimos cinco anos o mercado interno de publicações também prosperou. Entre 2005 e 2010, os dados revelam que a China a publicou cerca de 34 bilhões de livros.

Em 2010, a vende de livros aumentou 15% em base anual, testemunhando uma elevação de 30% nos lucros. A tiragem dos jornais deve ter ultrapassado os 50 bilhões de exemplares.

Entre 2005 e 2010, a indústria de publicações chinesas não apenas duplicou o valor dos seus ativos mas igualmente dobrou o valor dos seus negócios anuais, assim como a margem de lucros; em 2010, os negócios se elevaram a mais de 1 bilhão de yuans (152 bilhões de dólares), precisou Liu.

Ele também explicou que a Administração simplificou ao longo desse período os procedimentos para a atribuição licenças aos editores desejosos de publicar novos livros e novos periódicos.

Também progrediu a reestruturação das casas editoriais em mãos do Estado. Entre 2005 e 2010, as148 casas editoriais em mãos dos departamentos do governo completaram sua reestruturação e puderam assim se transformar em sociedades.

Este foi notadamente também o caso de mais de 3 mil livrarias Xinhua espalhadas por todo o país, antigamente em mãos do Estado, que se transformaram em sociedades com o objetivo de enfrentar a impiedosa concorrência do mercado.

Fonte: China Daily, versão em francês. Traduzido pela redação do Vermelho