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Termina na África do Sul Festival Mundial da Juventude

Depois de intensas jornadas de debates, o 17ºFestival Mundial da Juventude e dos Estudantes chega ao final nesta terça-feira (21) na África do Sul, que se converteu numa hospitaleira sede deste tipo de encontros.

Será realizada uma marcha da Praça Church até a sede do governo sul-africano, em Pretória.

Depois da passeata, haverá shows musicais com Big Nuz, Profesor, Tira, Fisherman, 999 Stable, TS Records e Kalawa Jazmee, segundo o programa divulgado, em vários pontos da cidade, onde os contrastes sociais e naturais assombram o visitante.

Na segunda-feira (20), o Tribunal Anti-imperialista declarou o imperialismo culpado por seus múltiplos crimes contra a humanidade.

A sentença teve em conta as múltiplas evidências apresentadas por delegados de vários países durante dois dias em um dos salões do Centro de Eventos de Pretória (Tshwane).

Guerras, mortes, bloqueios, sanções, pandemias, agressões militares e biológicas, torturas, intervenções, exploração dos trabalhadores e golpes de Estado se destacam entre as atrocidades imperialistas, sentenciaram os juízes.

Esse nefasto sistema, segundo as considerações de várias testemunhas, também foi condenado por danos ao meio ambiente, o saque dos recursos naturais em muitos países e a aliança com as oligarquias nacionais para destruir os processos de mudanças sociais.

Sob o ponto de vista do presidente do júri, o magistrado sul-africano Andele Magxitama, o imperialismo se apodera do mundo, e determina as mais elementares preferências dos seres humanos com o princípio de que satisfaz o interesse de uns poucos acima dos demais.

Os jurados coincidiram em rechaçar qualquer os crimes do imperialismo no mundo. As provas apresentadas sempre levaram ao banco dos réus o governo dos Estados Unidos e seus aliados.

Embora não tenha efeito jurídico, este tribunal tem um evidente caráter moral e de consciência, e todos os que dele participaram estão comprometidos com a luta pela derrocada do imperialismo, considerou a presidente do Conselho Mundial da Paz, a brasileira Socorro Gomes.

A dirigente brasileira, que integrou o corpo de jurados, manifestou que em nome da vida, da paz e da solidariedade, é preciso sentenciar esse regime.

De maneira especial, o Tribunal se pronunciou contra o bloqueio estadunidense a Cuba e a favor da libertação dos cinco antiterroristas cubanos presos em cárceres norte-americanos desde 12 de setembro de 1998.

Também, entre outros temas, rechaçou a ocupação israelense de territórios palestinos, as agressões do Marrocos contra o povo saharaui, e o golpe de Estado em Honduras, que tirou do poder o presidente constitucional desse país centro-americano, Manuel Zelaya.

O 17º Festival, cujo lema é “Por um mundo de paz, solidariedade e transformações sociais, derrotemos o imperialismo”, reuniu cerca de 15 mil delegados de mais de 140 países.

Fonte: Prensa Latina