PCdoB de Goiás divulga resolução aprovada em reunião 

Em sua primeira reunião plenária pós-eleições 2010, os membros do Comitê Estadual do PCdoB de Goiás e convidados participaram de um debate avaliativo do processo eleitoral de 2010 e traçou perspectivas partidárias para os próximos anos. Após leitura da proposta de resolução e debate entre os membros do Comitê Estadual e convidados, o documento que “Crescer o Partido, organizar a oposição em Goiás, fortalecer o governo Dilma e preparar 2012” foi aprovado pelos membros do Estadual.

Diz o documento: "O Brasil acaba de realizar suas eleições gerais no maior período democrático de nossa recente república. Encerrada esta grande jornada em que a militância partidária participou e deu importante contribuição, o momento agora pede de todos nós uma avaliação desta disputa. Nosso objetivo é promover tanto um balanço quanto uma avaliação da nossa participação neste embate nacional e estadual, posicionando o PCdoB neste novo quadro de forças e nos levando a aprimorar nossa união, possibilitando a construção de um projeto de atuação para as próximas jornadas de luta, nos movimentos sociais e nas lutas institucionais, dentre elas, as eleições de 2012, ante-sala das eleições de 2014".

Além disso, o documento coloca que "as recentes eleições em Goiás resultaram em derrota das forças democráticas e progressistas, tanto na eleição para Presidente no 2º turno, quanto para Governador e Senadores. Também nas eleições proporcionais diminuiu o número de parlamentares comprometidos com os avanços sociais."

Leia a íntegra a seguir:

Fortalecer o governo Dilma, organizar a oposição em Goiás, crescer o PCdoB e preparar 2012.

O Brasil acaba de realizar suas eleições gerais no maior período democrático de nossa recente república. Encerrada esta grande jornada em que a militância partidária participou e deu importante contribuição, o momento agora pede de todos nós uma avaliação desta disputa.

Nosso objetivo é promover tanto um balanço quanto uma avaliação da nossa participação neste embate nacional e estadual, posicionando o PCdoB neste novo quadro de forças e nos levando a aprimorar nossa união, possibilitando a construção de um projeto de atuação para as próximas jornadas de luta, nos movimentos sociais e nas lutas institucionais, dentre elas, as eleições de 2012, ante-sala das eleições de 2014.

As recentes eleições em Goiás resultaram em derrota das forças democráticas e progressistas, tanto na eleição para Presidente no 2º turno, quanto para Governador e Senadores. Também nas eleições proporcionais diminuiu o número de parlamentares comprometidos com os avanços sociais.
Nas eleições presidenciais em Goiás, Dilma foi vitoriosa no 1º turno e derrotada no 2º, como mostram os dados:

Resultados das eleições presidenciais em Goiás:

1º turno 2º turno
Dilma Serra Dilma Serra
1.301.985 1.217.203 1.446.178 1.490.368
42,2 % 39,1% 49,25% 50,75%

Resultado das eleições presidenciais nas três maiores cidades:
1º turno % 2º turno %
Dilma Serra Dilma Serra
Goiânia 32,75 40,94 42,43 57,57
Aparecida de Goiânia 46,10 30,96 55,80 44,20
Anápolis 33,52 43,67 40,65 59,35

Resultado das eleições para governador no 1º turno:

Resultado 1º Turno Votos Cidades que venceu
Marconi1.400.227 175
Iris 1.099.552 64
Vanderlan 502.462 6
Marta Jane 14.928 –
Washington Fraga 5.398 –

Resultado das eleições para governador no 1º turno:
Resultado 2º Turno Votos Cidades que venceu
Marconi 1.551.132 159
Iris1.376.188 87
Diferença de votos no 2º turno 174.944

Eleito para o terceiro governo, Marconi teve 52,99% dos votos válidos no 2º Turno. Goiás tem hoje 6.004.045 de habitantes, dos quais 4.061.371 são eleitores, sendo que destes Marconi recebeu 1.551.132 votos, isto é 38,2% dos votos dos goianos aptos a votar.

A terceira eleição de Marconi Perillo, esta com profunda marca do conservadorismo

O Governador eleito de Goiás é um líder que carrega o traço da sinuosidade na sua carreira política. Quando jovem atuou junto das correntes mais progressistas do movimento estudantil. Foi assessor muito próximo de Henrique Santillo, um político de perfil democrático e progressista. Logo após juntou se a Lúcia Vânia, no antigo PP, já com um perfil conservador.

Mais adiante se aproximou de Lula, com nova aproximação dos setores avançados.
Nas duas vezes anteriores que governou Goiás, Marconi teve uma postura democrática, quando deu apoio aos movimentos populares como a UNE e o MST. Relacionou-se com partidos de esquerda, sendo que o PCdoB participou de forma periférica de seus governos (1999 a 2002 e de 2003 a 2006).

O seu segundo governo coincide com o primeiro governo de Lula, de quem se tornou amigo e recebeu grande apoio.

Já no final de seu segundo governo, iludido com a possibilidade de se tornar candidato a presidente da república em 2.006 pelo PSDB, Marconi redireciona seu posicionamento, aderindo a teses e práticas conservadoras.

Sendo que também em seu segundo governo, Marconi revela outro traço, o de um político cooptador, perfil demonstrado na ação desencadeada na cooptação de membros de partidos aliados.

Além disso, Marconi adotou uma postura conservadora e repressiva como ocorreu diante do conflito na luta pela moradia no Parque Oeste Industrial, em Goiânia.
No mandato de senador conferido pelos goianos a partir de 2007, fez oposição implacável, atuando para desgastar e desestabilizar o governo legítimo do Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. Lula um presidente eleito pelo povo e que promoveu muitas mudanças a favor do desenvolvimento e da distribuição de renda.
A campanha que ensejou a conquista do terceiro mandato é uma demonstração desta atitude conservadora, além de chapa estadual de perfil direitista, assume os mesmos compromissos de José Serra e fez campanha em que ambos promoveram a manipulação do sentimento religioso de nosso povo. Sua campanha é comprometida com teses neoliberais, como consta em seu programa, o contrato de gestão – Terceirização do setor de saúde – modelo baseado no choque de gestão implementado por Aécio / Anastasia em Minas Gerais e por Serra em São Paulo. Esse plano consiste basicamente no ajuste e equilíbrio das contas públicas e dos resultados de superávit do Estado (déficit zero), promovendo uma política de gestão em que “o governo gasta menos com o Estado para gastar mais com a sociedade”.
Entretanto, quando analisamos esse discurso com mais profunda atenção fica claro que se trata de falácia, pois sabemos que o Estado é o responsável por promover políticas que resultem no bem estar da população. E se o governo gasta menos com o Estado, esse mesmo Estado deixa de prestar serviços públicos essenciais e os transfere para a iniciativa privada, restringindo acesso a quem tem dinheiro para comprar estes serviços.

Esse modelo de gestão aplicado pelo PSDB tanto em São Paulo, como em Minas Gerais, promoveu:

• Redução dos gastos sociais (saúde, educação e segurança pública);
• Aumento da tributação sobre bens e serviços essenciais como energia, água, medicamentos;
• Retirada de direitos históricos dos trabalhadores, arrocho salarial para o funcionalismo e falta de investimento na sua qualificação;
• Terceirização, desmantelamento da máquina do Estado e Precarização dos serviços públicos;
• Privatização da rede publica de saúde, das estradas (com os pedágios), do ensino superior (com a cobrança de taxas);
• Aumento da publicidade governamental com o objetivo de reafirmar os efeitos supostamente positivos do “choque de gestão”;
• Aumento dirigido na arrecadação fiscal, elevando os valores cobrados para trabalhadores, pequenos e médios setores e privilegiando (aumentando inclusive as renúncias fiscais) grandes grupos econômicos, ou seja, os grandes doadores das campanhas eleitorais;
• Controle sobre a mídia, uma vez que os governos dispõem de mais volume de dinheiro para injetar no mercado anunciante e se põem em condições de influenciar o comportamento dos órgãos de imprensa;
• Aumento da Dívida Pública do estado em relação à União.

A aliança liderada por Dilma e pelo presidente Lula, onde estão os partidos de esquerda conquistou perto de 70% das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados, a maioria no Senado e elegeu 17 governadores. Em contradição com o cenário do país, em Goiás a coligação de Marconi, que tem como vice José Éliton do DEM, abriu espaço para a reeleição do senador Demóstenes Torres, também do DEM, com uma votação expressiva, já que conquistou 2.158.812 votos e fez triplicar a bancada de federais do Democratas, que saiu de 1 para 3 deputados Federais. A Direita reelegeu ainda para o Senado, Lúcia Vânia do PSDB e com a posse do suplente de Marconi, Ciro Miranda também do PSDB, na terceira vaga do estado no Senado, Goiás será, junto com Santa Catarina e Minas Gerais, um estado com 100% de senadores de oposição ao governo Dilma.

No total, a coligação de Marconi elegeu 8 deputados federais e 21 estaduais.
No processo eleitoral que o elegeu para o 3º mandato, Marconi fez uma campanha milionária exercendo o controle da mídia e o uso de setores de diferentes religiões.

A candidatura de Vanderlan

A base de apoio ao Governo Lula e da candidatura de Dilma Rousseff, saiu dividida no 1º turno em Goiás, com duas chapas uma encabeçada por Iris e outra por Vanderlan.
Em função do rompimento do Governador de Goiás, Alcides Rodrigues com Marconi, o setor composto por PR, PP, PSB passou a constituir um novo pólo no processo eleitoral, apoiando também a candidata Dilma à presidência da República. No início desacreditado, lançou Vanderlan Cardoso (ex-prefeito de Senador Canedo e rico industrial) como candidato ao Governo, com Ernesto Roller do PP como seu vice. Com apoio do Governador, sua candidatura cresceu agregando o PDT, o PTN e o PSC. Seu desempenho de 22% foi determinante para que ocorresse o segundo turno. Ficando em terceiro lugar, Vanderlan apoiou Iris no segundo turno, com entusiasmo, mas desidratado, pois vários dos seus correligionários acompanharam Marconi. Mesmo assim, Vanderlan sai deste processo eleitoral como uma forte liderança.

A coligação PMDB, PT e PCdoB e a candidatura de Iris Rezende

Participamos da coligação que apresentou: Iris Rezende – PMDB para governador, Marcelo Melo – PMDB Vice e como candidatos ao Senado, Adib Elias – PMDB e Pedro Wilson – PT.

Havia forte expectativa da possibilidade de vitória para o governo estadual, pois Iris vinha de uma administração vitoriosa na capital, até aqui o único prefeito reeleito e com uma coligação de 14 partidos. Contando com o apoio de Lula e tendo pela primeira vez a união do PMDB com o PT, a possibilidade era reforçada, tendo inclusive a expectativa de eleger boa bancada de deputados federais.

A construção da chapa majoritária se restringiu a três partidos, PMDB, PT e PCdoB. Com o PDT e o PSC deixando de compor por imposições nacionais. A maioria dos partidos que apoiavam Iris na prefeitura foram compor com Marconi que declarou gastos de R$ 29,5 milhões com uma campanha 252%, superior aos declarados pela campanha de seu concorrente Iris Rezende, ao custo de R$ 11,7 milhões.
Além de fazer uma campanha com pequena estrutura financeira, o que resultou num volume de campanha aquém do esperado, a elaboração do programa de governo foi desvalorizada, não se considerou devidamente a opinião dos partidos e não se dirigiu aos setores organizados da sociedade goiana.

Como positivo tivemos a imensa disposição de trabalho e a vinculação à candidatura de Dilma. A candidatura mostrou que tinha no 2º turno, chances reais de ser eleita, pois mesmo diante do aparato financeiro do seu opositor, de pesquisas manipuladas e do controle da mídia exercida pela candidatura da Direita, capitaneada por Marconi Perillo, a candidatura de Iris Rezende ficou 174.944 votos atrás em um universo de 4.000.000 de eleitores aptos, ou seja, 47% do eleitorado goiano votaram em Iris.

Candidatos ao Senado:
Pedro Wilson – PT (1º Suplente: Nivaldo Santos – PCdoB)
Adib Elias – PMDB (1ª Suplente: Professora Lucimar – PT)

O PCdoB apresentou inicialmente o nome do camarada Aldo Arantes como candidato ao Senado Federal, exatamente para tentar dar uma fisionomia mais densa politicamente à chapa, com conteúdo e perfil de centro-esquerda à coligação. Com a imposição da candidatura de Adib Elias, produto da fragilidade interna do PMDB, não foi possível a manutenção da candidatura de Aldo ao Senado dado que a outra candidatura já estava acertada com o nome de Pedro Wilson do PT.

Ocupamos então a 1ª Suplência de Pedro Wilson com o nome do camarada Nivaldo Santos (atual vice-presidente do PCdoB) que deu importante contribuição à candidatura de Pedro e também ao Conselho Político, junto com Aldo Arantes e Luiz Carlos Orro. Porém a candidatura de Pedro Wilson não alcançou grande visibilidade e não agregou os votos necessários para se eleger.

A construção do Projeto Eleitoral/2010

O PCdoB em Goiás tem lutado na defesa dos avanços econômicos e sociais conquistados nos oito anos do Governo Lula. Nossas intervenções procuraram destacar a necessidade do fortalecimento dos movimentos sociais e da união e consolidação de um núcleo de centro-esquerda que orientasse a atuação da base de apoio ao Governo Lula no estado. Mas até aqui o governo de Lula não teve uma feição, uma face pública em Goiás que lhe desse identidade.

Neste contexto, apoiamos Iris em sua reeleição de prefeito em 2008, por compreender o papel mais amplo que esta liderança poderia dar ao aglutinar vastos setores do campo progressista.

Nossa participação na Câmara de Goiânia, no executivo da capital e em algumas cidades do interior fez nossa ação política se ampliar.

Com base no contexto que vivíamos no início de 2009, desenhamos o nosso Projeto e partimos para a construção da chapa própria de deputado estadual e começamos a tratar da candidatura a federal. Fomos para este embate com o Partido ainda debilitado na sua estrutura, com um grau de inserção no movimento social muito disperso e com sérias dificuldades financeiras, porém com ascendente unidade. A formulação deste projeto passou, então, por um processo de preparação, envolvendo nossa militância no estado.

Procuramos elaborar um Projeto Eleitoral que levasse em conta o quadro de forças no Brasil e em Goiás na quadra política de 2009. E foi desde o começo do ano que iniciamos as articulações para construir um projeto que nos colocasse na linha de disputa dos espaços que seriam submetidos à apreciação popular em outubro de 2010.

Para responder a essa nova etapa, elaboramos uma tática eleitoral movida por quatro grandes objetivos:
• Eleger um Deputado Federal;
• Eleger de um a dois Deputados Estaduais;
• Contribuir com a eleição de Dilma e Iris, além dos senadores
• Fortalecer o PCdoB, a UJS, a CTB e o CPM.

Os resultados de 2010: Sofremos uma grande derrota.

Além de não eleger Governador e Senadores, também não elegemos nosso Deputado Federal e nenhum Deputado Estadual. Trata-se de uma derrota que tem alcance estratégico, pois o Estado passa a ser governado por uma hegemonia calcada em valores retrógrados e nós estaremos na oposição, no entanto, sem a força necessária para impulsionar uma articulação que faça a contraposição à altura das necessidades do momento.

Formação da chapa Federal

Quando da tomada da decisão vivíamos tempos difíceis, de debilidade na estrutura partidária, não conseguimos uma grande adesão de novos filiados para se candidatarem e nem tínhamos uma estrutura que permitisse percorrer os municípios goianos com a pré-candidatura a federal.

Contudo, no primeiro semestre de 2010, ao reavaliar o nosso Projeto Eleitoral, nos deparamos com o desafio lançado pelo Comitê Central do PCdoB – que em reunião plenária resolve: “perseverar na busca de uma bancada de pelo menos 23 deputados federais”. E em março deste ano, em reunião de nossa Comissão Política com o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, nos colocamos diante do cenário da possibilidade de em “abrindo as velas poderíamos nos beneficiar da onda vermelha que estava por vir” e fomos à luta.

Lançamos, então, a candidatura de Fábio Tokarski a deputado Federal contando com as seguintes possibilidades que passo a passo construídas e concretizadas, possibilitaria a eleição de um deputado federal:

• Bom desempenho do Governo Lula, batendo recordes de popularidade;
• Acordo firmado do apoio de Iris Rezende
• Desistência de cinco deputados em suas reeleições;
• Possibilidades de estrutura para a campanha;
• Discurso otimista que a Coligação PMDB/ PT/PCdoB poderia eleger até nove deputados federais;
• Apoio de ampla chapa de candidatos a deputado estadual pelo PCdoB em dobradas;
• Bom tempo de Propaganda Eleitoral Gratuita.

Resultado

Na eleição para deputado federal, o PCdoB teve com Fábio Tokarski 35.646 votos e mais 1.367 votos de legenda, somando cerca de 37.000 votos no estado. Participamos da Coligação com o PMDB que fez 4 federais (em 2006 elegeu 5) e com o PT que fez 1 federal (em 2006 ficou com 2 vagas), portanto nossa coligação conquistou cinco vagas, com o nosso candidato ficando em 7º lugar na coligação, isto é na 2ª suplência.

Abaixo, o quadro comparativo dos votos para federal nas últimas duas eleições no estado:

Ano 2006 2010
Votos válidos 2.846.061 2.886.864
Nominais 30.261 35.646
Capital 17.526 23.616
Interior 12.735 12.030
Coligação PT/PSB/PCdoB PMDB/PT/PCdoB

Muitas foram as dificuldades enfrentadas. Além de não termos conseguido os apoios prometidos pelos aliados, desenvolvemos a campanha em um terreno hostil aos nossos objetivos, pois imaginávamos que a candidatura de Iris, pela sua liderança, fosse capaz de promover grandes reuniões e comícios, onde poderíamos expor nossos projetos e a plataforma de desenvolvimento para o Brasil e para Goiás, mas o que se viu foram carreatas e carreatas em uma campanha fria, despolitizada e distante do povo, criando com isso, dificuldades suplementares à nossa prática política.

Um fato que atingiu nossa campanha a Federal de maneira brutal foi a impugnação do registro da candidatura solicitada pelo Ministério Público Federal e acolhida pelo T.R.E-GO. A motivação alegada tem por base a prestação de contas da campanha de 2006. Dívidas da ordem de 3% do total de gastos foram equivocadamente destinadas ao candidato e não ao partido, resultando em erro formal na prestação de contas e que acarretou na cassação do registro de 2º suplente conquistado naquela eleição, pois o Ministério Público interpretou como captação ilícita de recursos, pois a dívida foi paga, porém, com recursos do próprio candidato que não transitaram pela conta de campanha.

Mesmo tendo em 2008 recebido do próprio T.R.E./GO certidão de quitação com a justiça eleitoral e sendo eleito vereador por Goiânia, exercendo o mandato até hoje, o Ministério Público Federal solicitou o indeferimento do registro de candidato a deputado federal com base na lei da “ficha limpa”, uma vez que a decisão do T.R.E./GO de 2006 caracteriza-se como “julgado por um colegiado” da justiça.Trata-se de medida injusta e antidemocrática. pois a justiça eleitoral goiana utilizou dois pesos e duas medidas quando deferiu o registro do deputado Ronaldo Caiado, pois em 2006, por razões idênticas, teve seu registro aprovado, mesmo tendo erros formais da mesma natureza, no entanto, com percentual muito mais alto e de um valor absoluto também muito maior.

Tal impugnação deixou a candidatura de Fábio Tokarski instável a partir do dia 14 de julho, passando, portanto 83 dias dos 90 de campanha sob desgastante ataque, tudo isso, a partir de uma decisão antidemocrática e injusta da justiça eleitoral. Recorremos ao TSE, onde nosso recurso foi negado e agora estamos com recurso extraordinário no STF – Supremo Tribunal Federal, ainda não apreciado.

Este processo causou danos irreparáveis para a candidatura, onde muitos concorrentes difundiram que Fábio Tokarski tinha problemas com a justiça e que era um candidato “ficha suja”. Esta agressão à candidatura criou muitas dificuldades eleitorais e financeiras, pois a mídia local se esquivou de dar o esclarecimento devido e muitos eleitores não sabiam das verdadeiras razões da impugnação e também acarretou severas dificuldades na arrecadação de finanças, na medida em que apoiadores potenciais solicitavam que os procurasse assim que “fosse resolvido o problema do registro da candidatura”. Com isso a arrecadação programada caiu e resultou em novas dívidas nesta campanha, que agora devidamente orientados, fizemos o procedimento legal previsto na legislação eleitoral que é: “destinar a dívida para o partido”, evitando que um detalhe na prestação de contas resulte em danos tão graves como a candidatura e a reputação pública do militante e dirigente partidário Fábio Tokarski vêm sofrendo até os dias de hoje.

Vimos, no entanto que o “voto de opinião”, o voto dos setores mais conscientes estava disperso e não foi suficiente para fazer frente aos “novos métodos” de campanha assentados no domínio de estruturas (Prefeituras, mandatos eletivos, direção de entidades e de igrejas), além do poder econômico (agronegócio, indústrias, bancos, seguradoras e construtoras) que prevaleceram na eleição da maioria da bancada. Agregue-se ainda o comércio de legendas que prevaleceu na montagem da chapa de deputados da candidatura da Direita.

Formação da chapa Estadual

Lançamos 37 candidatos dos 82 possíveis na disputa de outubro. Este movimento de lançar chapa própria expressou o acerto de nossa sigla comunista em se abrir para novos adeptos, muitos desses candidatos com recente filiação no PCdoB.

Trabalhamos durante o ano de 2009 para formar a chapa completa, e de fato caso tivéssemos conseguido tal feito com candidatos com o potencial semelhante ao dos candidatos que disputaram, teríamos mesmo com as dificuldades, alcançado o quociente eleitoral. O poder de atratividade exercido pelo Partido neste período em Goiás foi pequeno, e não conseguimos o número necessário de candidatos. Outra dificuldade que permanece e que necessita de nossa atenção é o empenho e o estímulo a mais e mais mulheres a participar da luta política eleitoral.

Observando trecho da resolução do Comitê Central do PCdoB, “Preparar desde já o projeto eleitoral 2012-2014 em todos os estados, com a redefinição do espectro político pós-eleitoral, tomando de imediato iniciativas para construir candidaturas levando em conta não somente as condições de apoios políticos amplos e bases materiais de sustentação, como também a força do fator partido como parte das condições essenciais de viabilidade eleitoral.” (Grifo nosso) percebemos que tiveram influência no resultado estes aspectos: carência de apoios políticos amplos, de bases materiais de sustentação, como também a força do fator partido para impulsionar cada candidatura.

Somando os votos da chapa, avançamos dos 13.346 votos de 2006 para 34.345 votos em 2010, aumento de 241,67%. No entanto, ficando aquém do quociente eleitoral – de 72.577 votos.

Crescimento dos votos para estadual em relação a 2006

Ano 2006 2010
Votos validos 2.846.061 2.886.864
Candidatos 07 37
Votos Nominais 13.346 34.345
Coligação PT/PSB/PCdoB PCdoB

Mesmo com extrema dificuldade material / financeira, no geral, o desempenho e a aplicação da política do PCdoB esteve presente na maior parte da chapa. Como resultado desta campanha, mesmo não tendo nenhum candidato eleito, verificamos que lançamos novas lideranças que se revelaram em sua ampla maioria donos de respeito e admiração do povo goiano e ao conquistarmos novos líderes, novos quadros que colocados nos locais em que se sentem dando sua melhor contribuição possibilitaremos que potencializem sua colaboração na luta política e social.

Percebemos no decorrer da campanha uma postura respeitosa que fora cultivada pela maioria dos nossos candidatos e militantes que mesmo em ambiente de dura disputa, como é uma campanha eleitoral, souberam preservar a camaradagem, a tolerância e a solidariedade, valores tão importantes para nós militantes comunistas.

Redução da centro-esquerda em Goiás

A pouca união, a ausência de um projeto articulado de desenvolvimento e o modo diluído como é exercida a representação do governo federal em Goiás, foram os principais fatores responsáveis pela redução do tamanho da esquerda em nosso estado.

Os partidos de esquerda (PT, PCdoB, PSB e PDT) mais uma vez marcharam separados, e o resultado colhido aponta para diminuição ou manutenção de suas influências, com exceção do PDT que elege uma deputada federal e dobra sua bancada na Assembléia, porém perde em Goiás, características de seu perfil de esquerda. O PCdoB e o PSB não elegeram deputado estadual, nem federal. Já o PT que tinha 3 estaduais elegeu 4, porem caiu de 2 para 1 federal. Também os partidos de outros setores da esquerda (PSOL, PCB e PSTU) não elegeram.

O resultado das eleições de 2010 foi muito desfavorável, portanto devemos retirar todas as conseqüências, o nosso campo está mais enfraquecido e teremos uma rota difícil, dura, prolongada. É um quadro novo e devemos desde já reunir elementos da nova realidade para contribuir na sua desmistificação. Nosso partido precisa se preparar para esta nova jornada que se inicia e que terá forte dirigismo do centro-direita e da direita nas diferentes instâncias de poder no Estado de Goiás. Entretanto a derrota em solo goiano está dentro de um contexto maior nacional de grande e expressiva vitória dos partidos de esquerda que elegeram a presidente do país e aumentaram suas bancadas, enquanto os partidos conservadores perderam espaço.

Seguir adiante nesta luta em Goiás exigirá dos militantes e quadros do PCdoB goiano, compreensão mais aprofundada das mudanças em curso da economia e nas relações sociais advindas da nova realidade que está sendo plasmada, ao longo dos últimos 10 anos. Segundo dados recentes do IBGE, apenas 9,71% da população do estado está na área rural, significando um processo intenso de industrialização do campo, já que 90,29% da população hoje mora em áreas urbanas, Isso fez com que Goiás passasse de um modelo agropastoril para um agro minero exportador (exportador de commodities – grãos – carne – minério) e adentrando já na fase que o caracteriza como medianamente industrializado, com o PIB da indústria superando o da agricultura e da pecuária.

Compreender o processo econômico que vem ocorrendo em Goiás, um estado que se industrializou com diferentes cadeias produtivas, desde o setor de fármacos ( 2º maior do Brasil), indústria automobilística (Mitsubish, Hiunday e John Deere –Máquinas agrícolas), indústria mineral, alimentícia (Perdigão e outras) e de energia (etanol e biodiesel). Este processo de industrialização se dá articulado com o crescimento dos agronegócios que terão ainda maior expressão com a conclusão da ferrovia norte sul, quando toda região norte do estado será explorada com novos métodos de agricultura intensiva, avançando sobre áreas que resistem de preservação do Cerrado.

Com a utilização do campo consorciada com agroindústrias alimentícias, de biodiesel e de etanol, surgem também novas relações do agronegócio com o latifúndio, com as médias e pequenas propriedades, as impulsionadoras da agricultura familiar. Todas estas transformações, em um período tão recente, vão refletindo na consciência social e alterando as relações de poder.

O resultado eleitoral em Goiás se assemelha ao de regiões com forte produção agrícola, que pelo poder econômico que exerce e pelas relações de hegemonia dos setores que historicamente se relacionam com estas forças, resultam em expressivo apoio político e material para suas campanhas. Com o crescimento deste poder e desta articulação, pode estar se formando uma direita “moderna”.

O Brasil está mudando sua estrutura produtiva, mudam as classes, mudam as relações e é preciso refletir onde estaremos daqui há cinco, dez anos. Requer também compreender as mudanças que estão em curso no âmbito da renda dos setores das classes C e D.

Goiás é um estado com bases econômicas que tradicionalmente deram suporte ao conservadorismo e que se fortalecem em articulação com uma visão cada vez mais reacionária, de uma nova direita. Com mais nitidez, a aliança PSDB, PPS, DEM e PTB forma em Goiás o núcleo conservador. Este núcleo tem a frente Marconi, um político ágil e cooptador, que controla os meios de comunicação, exerce grande influência no Judiciário, no Ministério Público e joga duro nas disputas por espaços de poder e comporá seu governo procurando drenar a energia dos partidos de oposição.

As eleições de 2012 já se aproximam

Devemos nos preparar desde já para 2012. O fato é que estamos enfraquecidos, é preciso ser habilidoso na relação com as forças políticas, tanto com as que somos opositores, quanto as que estão no nosso campo de alianças.

Precisamos atualizar a forma de fazer política revolucionária nos dias de hoje no Brasil. E aí entra a necessidade de compreender o papel das diferentes frentes de luta política (institucional, movimentos sociais e a luta ideológica) atuando de forma concomitante, pois são complementares. Portanto, requer de nós uma ação planejada.

Como reposicionar o partido? Só conseguiremos situar o partido em novo patamar à luz de um projeto e aí cabe reposicionar o partido politicamente, não podemos ficar distantes dos partidos que compõem o campo democrático em Goiás, não devemos nem ficar isolados, nem ficar com aliado débil.

Tratar com setores progressistas dos diferentes partidos (prefeitos, deputados, vereadores, lideranças) procurar e conversar com o PMDB, PT, PDT, PSB, PR, PSC,PP. Identificar lideranças que desejam uma relação mais consistente com o PCdoB, já ensaiando em cada cidade as coligações possíveis e que nos abram espaço para implantar o partido e mesmo o consolidar onde já estamos presentes.

O novo quadro de forças resultante de 2010 indica que o ponto de aglutinação da centro-esquerda poderá ser a nova liderança de Paulo Garcia, do PT que está à frente da prefeitura de Goiânia. Poderão jogar importante papel também os prefeitos de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB) e o de Anápolis, Antonio Gomide (PT).
Assim, o PCdoB de Goiás precisa reforçar seu Projeto de atuação e para tal, necessita o exame dos movimentos em curso no rearranjo de forças para as próximas jornadas de luta em sua organização de base, nos movimentos sociais e nas lutas institucionais, dentre elas, as eleições de 2012, ante-sala das eleições de 2014.

O PCdoB em Goiás pode avançar e avançará.

Lutar pelo êxito do governo Dilma será o objetivo prioritário do PCdoB e no curso desta jornada o Partido buscará elevar sua força e avançar seu papel político.
Tivemos uma derrota eleitoral, política e também ideológica, na medida em que saem fortalecidas as idéias do enfraquecimento do Estado. No entanto a legenda colheu resultados políticos positivos, pois o PCdoB saiu maior do que quando entrou nesta disputa. Aumentou suas fileiras e ganhou lideranças expressivas. Novas vitórias podem ser construídas a partir de agora. A presença ativa nos movimentos sociais, nas esferas institucionais de governo, na luta de idéias programáticas e as eleições de 2012 serão bases promissoras para isso.

Força militante mais extensa e organizada em todos esses terrenos é parte inseparável da caminhada. O fator partido é decisivo para o projeto estratégico do PCdoB – em termos de orientação política, unidade e força da militância, solidez ideológica. Se o partido não desempenha bem seu papel, as vitórias são efêmeras. Para tal, é preciso instituir em toda sua extensão a política de quadros do 12º Congresso e perseguir uma vida militante mais intensa em organizações partidárias, mais definidas e estáveis. Sua realização exige o papel de liderança do conjunto da direção, em primeiro lugar do Comitê Estadual e de sua Comissão Política.

Precisamos criar as condições para crescer o partido em todo o Estado. Já temos um percurso longo nesta fase de estruturação que já chegou aos 30 anos, isto nos dá experiência e cresce a certeza que se faz necessário mirar à frente com olhar estratégico, devemos começar mais em baixo, dentro de uma perspectiva ampla e duradoura. Uma retomada mais profunda nos diferentes setores de nossa atuação seja institucional, e também nos movimentos sociais, com atenção mais voltada para as classes trabalhadoras através da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e da UJS (União da Juventude Socialista), pois aí reside nosso fundamento permanente. Pensar também mais em longo prazo, que partido queremos para os próximos cinco, dez anos, as relações, as cidades que precisamos consolidar e mesmo construir neste percurso, faz parte de nossos desafios presentes.

A resolução do Comitê Central traça as seguintes orientações:

“Estão dadas as condições para alcançar 500 mil membros ou mais no partido até o 13º Congresso. Neste sentido, apresenta-se para o debate a proposta de 400 mil membros até 2012, priorizando os municípios com mais de 100 mil habitantes e cidades-pólo. O rumo é assegurar vida militante desde a base; o caminho é o fortalecimento das direções intermediárias nas grandes cidades do país.”
Hoje o Estado de Goiás tem 6.004.045 habitantes e 4.061.371 eleitores. Em Goiás temos 11 cidades que passam dos 90.000 habitantes e que juntas somam 3.128.704 habitantes, ou seja, 52,10% da população do estado.
Cidades População Crescimento de 2000 a 2010 Região Perfil
1. Goiânia 1.301.892 19,11% Serviços e Comercio
2. Aparecida de Goiânia 455.735 35,48% RMG Industrial e dormitório
3. Anápolis 335.032 16,30% Central Industrial
4. Rio Verde 176.502 51,44% Sudoeste Industrial e agronegócio
5. Luziânia 174.546 23,72% Entorno DF Industrial e dormitório
6. Águas Lindas 159.505 50,84% Entorno DF Dormitório
7. Valparaíso 132.947 40,16% Entorno DF Dormitório
8. Trindade 104.506 28,30% RMG Dormitório e industrial
9. Formosa 100.084 27,25% Entorno DF Agronegócios
10. Novo Gama 95.013 27,74% Entorno DF Dormitório
11. Itumbiara 92.942 14,14% Sul Agronegócios e industrial

E outras 11 que estão entre 46.000 e 88.000 habitantes que juntas somam 737.457 habitantes.

Cidades

População

Crescimento
2000 a 2010
Região Perfil
Jataí 88.048 16,70% Sudoeste Agronegócios
Catalão 86.597 34,58% Sudeste Industrial
Senador Canedo 84.399 58,93% RMG Dormitório
Planaltina 81.612 10,71% Entorno DF Dormitório
Caldas Novas 70.463 41,89% Sul Turismo
Santo A. do Descoberto 63.166 21,71% Entorno DF Dormitório
Goianésia 59.545 21,12% Norte Agronegócios
Cidade Ocidental 55.883 38,40% Entorno DF Dormitório
Mineiros 52.964 35,72% Sudoeste Agronegócios
Inhumas 48.212 9,83% Centro Agronegócios
Cristalina 46.568 36,50% Entorno DF Agronegócios
Sub total 737.457 12,28%
Total dos 22 maiores municípios 46.000 hab. 3.866.160 64,39%

Somente as 22 maiores cidades do estado somam 3.866.610 habitantes ou 64,39% da população. Já as 100 maiores totalizam 5.368.942 ou 89,42% da população. As outras 126 cidades juntas representam 10,57% da população e todas com menos de 8.300 habitantes.

Dessa forma, se estivermos presentes nos 100 maiores municípios dos 246, alcançaremos quase 90% da população. E da mesma forma nossa presença organizada nos 22 maiores municípios, nos faz presentes onde residem 64% da população. É bom observar que destes 22 maiores, 9 estão no entorno do Distrito Federal que não tem eleições em 2012 e que sua direção regional está interessada em contribuir com o processo de fortalecimento no entorno.

Preparar o PCdoB para disputar as eleições em 2012 nos 100 maiores municípios é uma meta que nos coloca em sintonia com os objetivos do Comitê Central que orienta que para tornar realidade esta fértil potencialidade, o trabalho partidário deve implementar de imediato as seguintes diretivas:

– Realizar filiações massivas e de lideranças políticas expressivas da sociedade em todos os setores, a partir dos eleitos, dos que foram candidatos e nos segmentos sociais alcançados pela campanha do PCdoB.
– Preparar desde já o projeto eleitoral 2012-2014, com a redefinição do espectro político pós-eleitoral, tomando de imediato iniciativas para construir candidaturas, levando em conta não somente as condições de apoios políticos amplos e bases materiais de sustentação, como também a força do fator partido como parte das condições essenciais de viabilidade eleitoral.
– Focar os esforços de crescimento e estruturação na capital e maiores cidades do estado, municípios-pólo ou onde temos prefeituras, em articulação com o projeto eleitoral 2012-2014.
– Elevar a atuação política do movimento social na luta pelos avanços e conquistas. Em 2011 terá papel destacado em função das pressões e contrapressões sobre o novo governo. Uma pauta precisará ser formada nacionalmente para unificar esforços. A questão envolve também a maior adesão do partido à sua base social, o que tem a ver com a disputa de prefeituras em 2012.
– Fortalecer os instrumentos da luta de idéias como parte da luta política e social. Instituir programas de formação especial para as novas lideranças eleitorais do partido e novos filiados, bem como a seleção dos quadros do curso nacional. Retomar a distribuição do programa socialista.
– Implantar a Carteira Nacional Militante-CNM 2011-2012.
– Participar da realização no ano próximo da Conferência Nacional sobre a Questão da
Mulher.
– Aplicar a Política de Quadros no curso das Conferências Municipais e estaduais de 2011, focando os quadros intermediários.
– Realizar por iniciativa das Fundações, seminário com os partidos aliados para debater alternativas que contribuam para avanço do desenvolvimento.

Transformar a esperança em realidade

É grande a responsabilidade do futuro governo, bem como das forças políticas e sociais que o apóiam. Dilma tomará posse com o mandato do povo, que respalda o atual caminho e ordena que por ele o Brasil avance. A oposição conservadora persistirá avessa ao progresso da nação e aos direitos dos trabalhadores e, renitente, tudo fará para obstruir e impedir as realizações. O PCdoB se empenhará pelo êxito do governo Dilma e está convicto de que ele, apoiado na força do povo e na aliança política e social vencedora, poderá transformar persistentemente a esperança em realidade.

Resolução aprovada na reunião do Comitê Estadual do PCdoB – Goiás,
Goiânia, 04 de dezembro de 2010.