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Nem Serra, nem Aécio: movimento pede FHC na presidência do PSDB

A idéia nasceu de uma conversa do filósofo tucano José Arthur Gianotti com o deputado em fim de mandato Raul Jungmann (PPS-PE). Amigos comuns de Fernando Henrique Cardoso, os dois concluíram que só o ex-presidente dispõe de autoridade para reaglutinar a oposição.

Nos próximos dias, o diálogo de Gianotti (o intelectual mais chegado a FHC) e Jungmann (ex-ministro da era tucana) ganhará a forma de uma carta. O texto será dirigido por Jungmann aos presidentes do PPS, Roberto Freire, e do PSDB, Sérgio Guerra.

A dupla propõe que FHC seja alçado à presidência do PSDB, em maio de 2011, para um mandato de dois anos. A fim de fugir da imagem de elitista e conservadora, a oposição quer que FHC coordene a reestruturação do tucanato e a elaboração de um “ideário” para a autodenominada socialdemocracia e a centro-esquerda. Caberia também ao ex-presidente comandar os entendimentos que resultarão no lançamento, em 2012, do candidato que representará essas forças na eleição presidencial de 2014.

Para Gianotti e Jungmann, FHC é o único personagem capaz abortar a guerra fria que se instalou nos subterrâneos do PSDB. De um lado, o grupo de São Paulo, liderado por José Serra. De outro, a ala de Minas Gerais, comandada por Aécio Neves. Jungmann diz que a conflagração que se arma na principal legenda da oposição não inquieta apenas o PSDB. O armistício interessa também aos aliados.

Na opinião de Gianotti, FHC precisaria dispor de um secretariado que tocasse a burocracia partidária, liberando-o para cuidar exclusivamente da costura política. Hoje, FHC é presidente de honra do PSDB. Resta saber ele se tem energia para trocar o cargo decorativo pelo executivo — e se o tucanato o quer no comando.

Da Redação, com informações do Blog do Josias