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CGTB se funde à CSP e passa a responder por 449 sindicatos

A menor das seis centrais sindicais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho acaba de dar um salto expressivo em sua representatividade. Na terça-feira (16), a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) formalizou a incorporação da CSP (Central Sindical de Profissionais), em reunião de líderes das entidades e dos sindicatos filiados na sede do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados), em São Paulo.

Não é o único trunfo da CGTB em 2010. Ao longo do ano, segundo o Ministério do Trabalho, a central filiou 52 entidades — como o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados de Franca (SP), que representa mais de 30 mil trabalhadores. Até dezembro, a CGTB ainda pretende registrar no ministério um grande sindicato de São Paulo, com mais de 100 mil trabalhadores na base.

Já a CSP é forte entre profissionais liberais, como engenheiros, serviços odontológicos e advogados — categorias que representam 87% da entidade. Além disso, é maior que centrais como Conlutas e Intersindical, ligadas, respectivamente, a PSTU e PSOL, que respondem por sindicatos fortes, como dos metroviários de São Paulo e dos metalúrgicos de São José dos Campos (SP) e Campinas (SP).

Com a fusão, a CGTB, com 332 sindicatos filiados, passa a responder por 449 entidades — somados os 107 sindicatos atualmente ligados à CSP. A união representa 7,4% dos quase 6 mil sindicatos filiados às centrais no país e cria um polo aglutinador de forças no movimento sindical.

As duas centrais são “nacionalistas, defensoras do Estado como promotor do desenvolvimento e do respeito aos direitos dos trabalhadores”, conforme as palavras de Luiz Sérgio Lopes, presidente da CSP. “Agora vamos aprofundar essa integração na defesa do nacionalismo”, agrega ele, acrescentando que a fusão contribuirá para a unidade do movimento sindical.

“Há uma convergência clara”, concorda o presidente da CGTB, Antonio Neto. “Essa fusão nos torna uma central diferenciada com todas as condições para influenciarmos nos rumos do país. Hoje, no Brasil, todos os assuntos de relevância são discutidos com as centrais sindicais. Vamos fazer uma grande unidade com todas as entidades.”

Da Redação, com agências