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Irã quer reforçar segurança regional e adverte contra ameaças

O Irã elogiou, nesta quarta (17), toda ação destinada a defender e preservar a segurança regional. E alertou à OTAN sobre os desdobramentos da instalação de um escudo antimíssil na Turquia. Segundo o país, "medidas como estas, serviriam só aos interesses do regime sionista e a certas potências trans-regionais".

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, descreveu o Mar Cáspio como "um dos mais importantes do mundo" e sublinhou a responsabilidade das nações que o compartilham em aproveitar racionalmente seus recursos.

"Os cinco Estados com litoral no Mar Cáspio alcançaram muito bons acordos para preservá-lo e protegê-lo", disse Ahmadinejad a jornalistas em Teerã, antes de partir esta manhã para o Azerbaijão, onde participa da terceira cúpula desse grupo de países.

O governante, que logo depois foi recebido com honras em Baku, a capital do Azerbaijão, assinalou que um tema que se discutirá e continuará na agenda desses encontros é o da segurança da navegação, junto com os vôos sobre o mar, o meio ambiente e as alfândegas.

Antes das declarações de Ahmadinejad, o porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, advertiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que os desdobramentos de um escudo antimíssil serve aos interesses de Israel.

Mehmanparast reafirmou que o Irã "não é uma ameaça para país algum na região, e muito mais o é o regime sionista (Israel)", por isso considerou injustificado o plano militar que a OTAN -e especialmente os Estados Unidos- negocia com a Turquia há semanas.

Segundo meios oficiais em Teerã, nesses contatos, Washington propôs a Ancara construir o sistema antimíssil a partir da tecnologia existente, mas ir modernizando-o por etapas, de modo que em 2020 ele esteja pronto para proteger aos Estados Unidos e a Europa. "Medidas como estas serviriam aos interesses do regime sionista e a certas potências trans-regionais", deplorou o porta-voz, apesar de saudar o fato de o governo turco ter considerado inaceitável um plano de aliança atlântica que só fixe como suposta ameaça o Irã.

Enquanto isso, as instituições armadas iranianas iniciaram desde ontem, em todo o país, os exercícios bélicos denominados "Defensores do céu de Velayate 3", que durarão cinco dias. As diferentes forças do Exército, o Corpo de Guardiães da Revolução Islâmica, a polícia e os Basij (voluntários civis) participam das manobras que põem ênfase na defesa aérea, comunicações e sistemas de radares, explicou um porta-voz militar.

Com Prensa Latina