PCdoB aposta na mobilização para ampliar vantagem de Dilma na BA

Em reunião nesta segunda-feira (18/10), a Comissão Política do PCdoB deliberou sobre a intensificação da atuação do partido no 2º turno das eleições presidenciais, com a meta de alcançar mais de 70% dos votos para Dilma Rousseff (PT) na Bahia. A recomendação é que prefeitos e prefeitas, vereadores e lideranças locais se engajem na campanha, promovam atos e manifestações, invistam na mobilização.

“As condições são amplamente favoráveis para ganharmos a eleição no estado. Sentimos o eleitor absolutamente receptivo ao nosso projeto e ao nosso discurso. Mas é necessário, até o último dia, mobilizar a militância, buscar o contato direto e fazer os esclarecimentos com relação às baixarias que o adversário está tentando emplacar”, pontuou o presidente estadual do PCdoB, Daniel Almeida.

Durante a reunião, também foi feita uma avaliação acerca do desempenho eleitoral do partido na Bahia. “Foi um resultado amplamente positivo, porque o PCdoB alcançou as metas traçadas e os objetivos definidos com a eleição dos três federais e de três deputados estaduais. Isso se deveu a uma tática correta e a um bom acompanhamento e gerenciamento por parte da direção do partido”, definiu Almeida.

Confira a nota na íntegra:

“Grande vitória na Bahia, agora é Dilma presidente

As eleições de 2010 confirmaram uma vitória arrasadora das forças progressistas, que iniciaram um novo ciclo político na Bahia com a eleição do governador Jaques Wagner, em 2006. Dilma obteve 62,62% dos votos válidos, Wagner foi reeleito no primeiro turno com 4.101.207 votos (63,83%), Walter Pinheiro e Lídice da Mata chegam ao Senado com larga margem de votos.

A base de apoio ao governo elegeu 22 deputados federais e 36 deputadas estaduais. A esquerda, além de eleger os dois senadores, garantiu as maiores bancadas da sua história no Estado: 18 eleitos para a Assembléia Legislativa e 13 para a Câmara Federal.

O êxito do projeto eleitoral do PCdoB na Bahia é parte desta vitória. A eleição dos três deputados federais – objetivo especifico perseguido com prioridade – foi alcançada com votações expressivas para Daniel Almeida (135.817 votos, 10º mais votado), Edson Pimenta (103.904 votos, 15º) e Alice Portugal (101.588 votos, 16ª). Saímos de uma votação total de 233.489 em 2006, para 356.089 em 2010, o que representa um crescimento de 52,51%. Salvador contribuiu com 83.501 votos (23,45%) e o interior com 272.588 votos (76,55 %). A definição e distribuição de áreas de campanha do Partido mostrou-se equilibrada e necessária para alcançarmos este resultado. O PCdoB elegeu mais federais que o PSDB e o PMDB.

Mantivemos também a bancada na Assembléia Legislativa, com a eleição de Jean Fabrício (52.057 votos), Álvaro Gomes (38.463 votos) e Kelly Magalhães (36.141 votos), em chapa própria, que obteve, no total, 392.549 votos. Crescimento de 57,94% em relação a 2006, quando foram 248.543 votos obtidos. Nesta experiência, tivemos cinco candidatos e candidatas que superaram os trinta mil votos.

Os camaradas que fizeram parte da chapa própria foram fundamentais para o êxito do projeto eleitoral, a maior vitória obtida pelo PCdoB no país. Além da expressiva votação, possibilitaram uma intensificação – com maior grau de regionalização e municipalização – da campanha dos nossos candidatos a deputados federais. O total de votos da chapa em relação aos estaduais ficou bem próximo da soma da votação dos três federais, demonstrando que as dobradinhas, em geral, funcionaram bem.

O resultado de 278.543 votos de deputados e deputadas estaduais no interior (70,96 %) fortaleceu os vínculos do Partido com as regiões. Em Salvador, obtivemos 114.006 votos na chapa própria (29,04% do nosso total), 8,9% dos votos válidos, o que atesta a consolidação da nossa presença na capital. O PCdoB foi o 2º partido mais votado em Salvador para deputado estadual. Portanto, a expansão para o interior não ocorreu com enfraquecimento do Partido na capital.

A nossa vitória nas urnas foi consequência da nossa expansão política, verificada a partir de 2006 – participação no governo Estadual, eleição de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores -, de uma correta tática eleitoral, do grande empenho da militância e candidatos e candidatas, do apoio material de aliados e da direção nacional, e de uma firme condução e administração da campanha por parte da direção estadual.

O lançamento da chapa própria para a Assembléia Legislativa foi parte fundamental desta tática. Os resultados em 03 de outubro comprovaram a justeza da decisão. Não conseguimos a quarta vaga por cerca de 1.350 votos. Se a direção estadual não tivesse enfrentado resistências e incompreensões, que terminaram por limitar o tamanho da chapa própria, estaríamos comemorando uma vitória ainda mais significativa, com a eleição de quatro a cinco deputados e deputadas estaduais.

Ainda assim, é importante destacar os resultados eleitorais positivos verificados nos municípios de Juazeiro, Campo Alegre de Lourdes, Capela do Alto Alegre, Correntina, Matina, Itacaré, Gandú, Prado, Rodelas, Heliópolis, Ituaçu, Ibicoara, Urandi, Serra do Ramalho e São Sebastião do Passe; todos governados por prefeitos do PCdoB. A participação dos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores filiados ao Partido na batalha eleitoral foi majoritariamente de acordo com as decisões partidárias; as deserções constatadas devem ser tratadas exemplarmente após o segundo turno.

Os resultados apontam para a continuação de uma trajetória de crescimento e fortalecimento do PCdoB, que devem ser investidos para construir a vitória de Dilma. No segundo turno a luta continua sob novas condições. A candidatura de Serra aguça a tática do vale-tudo, uma “guerra política” suja e rasteira, por meio de campanhas sórdidas de calúnias e mentiras, com o objetivo de desconstruir a imagem da candidata.

Com o apoio da grande mídia, Serra tenta criar um clima de virada. A polarização é mais nítida e requer um grande esforço de discutir e comparar programas, prioridades, planos e trajetórias.

O nosso Partido deve mobilizar todas as suas lideranças representativas, toda a militância, aderentes e amigos para assumirem, com as forças da coligação, a defesa da candidatura Dilma. Com iniciativas e atividades mobilizadoras, devemos organizar imediatamente a campanha nos municípios e nas áreas especificas de militância.

Vamos à luta para ampliar a vitória de Dilma na Bahia!”

De Salvador,
Camila Jasmin