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Evo propõe levar FMI a julgamento por danos à economia da Bolívia

O presidente da Bolivia, Evo Morales, sugeriu nesta segunda-feira (18) procesar o Fundo Monetário Internacional (FMI) por destroçar a economia boliviana mediante a aplicação de políticas de privatização em governos anteriores, noticiou a Rede Telesur.

Morales disse que o organismo internacional implantou políticas de privatização que significaram um grave dano à economia boliviana.

"Na gestão de Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997 e 2002-2003) nos impuseram políticas econômicas privatizadoras. Essas foram suas receitas para descapitalizar o país", destacou.
O presidente boliviano reiterou que o FMI deve indenizar seu país pelos danos econômicos causados por esas medidas, que terminaram "agudizando a pobreza da Bolivia".

"Isso prejudicou o crescimento econômico do país. Em algum momento, terão que ressarcir os danos que fizeram à Bolivia e à América Latina com suas políticas econômicas de privatização e saque dos recursos naturais", pontuou.

Evo Morales disse ainda que desde que o país em seu primeiro governo (em 2006), "não seguiu as receitas do FMI" e se centralizou em "exportar políticas e programas econômicos e sociais", houve uma retomada na economia boliviana e as reservas internacionais aumentaram a 9 bilhões de dólares. "Este é o melhor nível que alcançaram na história do país", destacou.

As políticas econômicas aplicadas por Morales conseguiram a nacionalização de várias empresas importantes do país, incluídas as de hidrocarburos, a riqueza gasífera e várias distribuidoras de gás e gasolina, assim como de telecomunicações, eletricidade e fundidoras de minerais.
Durante o ano de 2009, a economía da Bolívia experimentou um aumento de 4% e sua inflação não superou os 2%.

Em abril deste ano, o presidente afirmou que a economia de seu país era uma das que mais se havia fortalecido apesar da crise financeira que afetou grande parte das economias mundiais.
Morales destacou que para este momento, a Bolivia mostrou o índice mais alto em recuperação e crescimento entre os países da América Latina.

Fonte: Agência Venezuelana de Notícias