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Grécia quer atropelar caminhoneiros; Portugal corta salário

Cada vez mais acuado pelas massivas mobilizações contra as medidas de desmonte do Estado para cumprir exigências do FMI e da União Européia, o governo da Grécia quer coibir as manifestações populares.

O ministro de Justiça da Grécia, Haris Kastanidis, disse que o governo pretende baixar, nesta quinta-feira, uma lei para reprimir a greve dos caminhoneiros, que dura cerca de duas semanas e provocou interrupções no comércio e escassez de produtos em algumas regiões do país. A greve é contra a abertura do setor para motoristas estrangeiros.

"Na quinta-feira, aprovaremos uma lei que prevê a prisão e a cassação da licença dos caminhoneiros que continuarem protestando e se recusarem a voltar ao trabalho", disse Kastanidis ao canal de televisão Mega.

As importações e as exportações gregas foram paralisadas em razão da greve dos caminhoneiros, provocando esvaziamento das prateleiras nos supermercados da Grécia e escassez de matérias-primas.

A câmara de comércio de Atenas estima que a greve custa 2 milhões de euros por dia. Os caminhoneiros decidiram continuar seu protesto, terça-feira, apesar do fato de, alegando "interesse nacional", o governo ter aprovado lei tornando ilegal a greve.

Em Portugal, o governo anunciou que vai aprofundar o programa de arrocho fiscal, com medidas que incluem cortes nos salários dos servidores públicos e aumentos de impostos.

Fonte: Monitor Mercantil