Jornalistas realizam 2a rodada de negociação da campanha salarial

Aconteceu na manhã da última sexta-feira (17/09), na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), a 2ª rodada de negociação da Campanha Salarial 2010/2011 de Jornais e Revistas. Na ocasião o sindicato patronal apresentou ao Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindjorce) o reajuste de 4,7% nas cláusulas econômicas como contraproposta e seguiu negando as cláusulas que tratam de saúde do trabalhador, cursos de capacitação e a implementação dos vales alimentação/refeição.

A diretoria do Sindjorce avalia que a proposta patronal está muito aquém do que deseja e merece a categoria, pois os 4,7% propostos pelo sindicato patronal correspondem a um aumento de R$ 60,77 no piso, elevando-o para R$ 1353,77. Isso corresponde a um ganho real de apenas 0,39%. "Temos como avançar mais, principalmente se formos avaliar os ganhos já obtidos em outras categorias. As empresas têm obtido bons lucros com a expansão da economia brasileira", afirmou o presidente do Sindjorce, Claylson Martins.

O presidente do Sindjorce, destacou na mesa para os representantes do sindicato patronal, a imensa receptividade dos jornalistas em relação às cláusulas, comprovada durante visita as três redações no dia anterior (Diário do Nordeste, O Povo e O Estado). "A demanda por cursos, seja de aperfeiçoamento, seja de especialização ou graduação é muito grande, assim como a expectativa quanto a implantação do vale alimentação ou refeição. No jornal O Povo sequer existe uma cantina", declarou Claylson.

Com relação à cláusula de saúde do trabalhador, o Presidente do Sindjorce citou a visita que o Sindjorce fez ao Cerest (Centro de Referência da Saúde do Trabalhador). O órgão, que é público e, portanto, não possui vínculos nem com o sindicato nem com empresas, se predispôs a ajudar em treinamento, realização de palestras e outras atividades de prevenção. " Nós queremos apenas que trabalhadores, poder público e empresários, possam abraçar essa causa da saúde que beneficia a todos. Não é uma cláusula absurda ou que cause gastos", afirmou o presidente.

Fonte: Sindjorce