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Líderes mundiais se reúnem para debater Objetivos do Milênio

Quando o mundo ainda passa por uma crise econômica desencadeada em 2008, nesta segunda-feira (20) os líderes de grande parte das nações do mundo se reúnem na sede da Organização das Nações Unidas em Nova Iorque, Estados Unidos, para verificar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Durante três dias, os mandatários de 140 países analisarão o progresso dos planos na luta contra a pobreza y a fome estabelecidos na Assembléia Geral no ano 2000.

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A reunião de três dias, que se realizará antes do 65º período de sessões da Assembleia General, foi convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, que considerou ser necessário um aumento de recursos destinados a garantir o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento.

A cúpula sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio se realizará em seis sessões plenárias desde esta segunda-feira (20) até a próxima quarta (22).

O secretário-geral disse que será necessário um financiamento superior a 100 bilhões de dólares nos próximos cinco años para alcançar as metas do milênio pendentes.

No decorrer dessa reunião de cúpula a ONU apresentará aos líderes mundiais um informe em que registra avanços nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, no qual também se adverte que a crise econômica mundial  impediu a realização de alguns dos principais compromissos, como o de duplicar a ajuda ao desenvolvimento.

A conferência analisará as promessas feitas há dez anos de redução da pobreza e da fome, a expansão do acesso à educação, a melhoria da igualdade entre os gêneros, a melhoria dos serviços básicos de saúde, o aumento da luta contra doenças como a Aids e a malária, que afetam as populações mais pobres do mundo, a elevação da qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente.

Apenas uma das metas – a redução pela metade da pobreza mundial – está sendo cumprida de acordo com o prazo estabelecido, o ano de 2015. Sabe-se que esta redução se deve principalmente ao rápido crescimento econômico de países como a Índia e a China. Em outros países não se verificam progressos, ou os que se observam são lentos e desiguais.

O documento, que servirá de base para os debates, recomenda a busca de financiamentos que facilitem o desenvolvimento e destaca a importância do crescimento econômico para criar empregos.

O informe da ONU, além de advertir para a ameaça ao cumprimento dos Objetivos, advindas da crise econômica, também rechaça a adoção de medidas protecionistas que possam prejudicar os países pobres.

Assim como a Assembleia Geral da ONU, a ser instalada no próximo dia 23, a cúpula revisora das metas de desenvolvimento do milênio polariza as atenções, sobretudo dos países pobres.

Os Estados Unidos estão levando à cúpula sobre os Objetivos do Milênio o discurso de que o mundo precisa repensar estratégias para o combate à pobreza mundial, dando maior ênfase ao crescimento econômico, à responsabilidade e à governança no uso das doações e no fomento de políticas de desenvolvimento.

O problema é, porém, mais profundo e complexo. O mundo capitalista e imperialista criou uma parafernália de instituições supostamente voltadas para o “desenvolvimento” e o “combate à pobreza”. Mas isto esconde que a desigualdade cresce na razão direta da intensificação das políticas de opressão e exploração contra os trabalhadores e os povos dos países pobres e subdesenvolvidos.

O combate à pobreza e os esforços pelo desenvolvimento precisam ser enfocados sob a ótica da luta concreta dos povos e dos trabalhadores por seus direitos, luta que deverá se expressar politicamente e se traduzir no combate por uma nova ordem econômica e política internacional, como parte da luta mais geral contra o sistema imperialista.

Da Redação, com agências