PSDB cresce em São Paulo e Minas; Cabral chega a 58% no Rio

Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 13 e 14 entre o eleitorado paulista, Alckmin tem 51% das intenções de voto — dois pontos a mais que no levantamento anterior, feito nos dias 8 e 9. Seu adversário mais próximo é o senador Aloizio Mercadante (PT), que repetiu o desempenho da pesquisa passada e tem 23% da preferência do eleitor paulista.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para mais ou para menos. Se considerados apenas os votos válidos, o ex-governador atinge 59%. O petista tem 26%. No cálculo de votos válidos, a taxa de votos brancos, nulos e indecisos é distribuída proporcionalmente entre os candidatos segundo o percentual de intenção de voto de cada um.

O deputado federal Celso Russomanno (PP) continua em terceiro, com 8% (9% no levantamento anterior). Em quarto lugar está Paulo Skaf (PSB), com 3%, índice que vem mantendo desde meados de agosto. Brancos e nulos somam 5%, e 8% estão indecisos. Na simulação de segundo turno entre Alckmin e Mercadante, o tucano venceria com quase o dobro dos votos do petista: 60% a 31%.

A pesquisa espontânea, na qual os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, mostra um quadro de estabilidade nos últimos três levantamentos. Alckmin continua sendo o mais citado, agora por 27% dos entrevistados (eram 26% e 28% nos levantamentos anteriores), e Mercadante mantém os mesmos 15%.

A rejeição aos candidatos também segue estável. Mancha (PSTU) continua sendo o mais rejeitado pelos paulistas: 32% não votariam nele de jeito nenhum. Mercadante não seria escolhido de modo nenhum por 25% dos entrevistados, e Alckmin é rejeitado por 18%.

A dianteira de Alckmin é mantida sobretudo pelos eleitores do interior, onde a vantagem do tucano cresceu. No levantamento anterior, ele tinha 50%. Agora tem 55%. Mercadante, que tinha 23%, caiu para 20%. O petista melhorou seu desempenho na região metropolitana de São Paulo. Enquanto Alckmin oscilou negativamente um ponto (está com 47%), Mercadante passou de 23% para 26%.

O Datafolha também questionou os eleitores sobre o conhecimento do número do candidato a governador que deverão digitar na urna eletrônica. Apenas 34% acertam a resposta. Entre os eleitores de Alckmin, 63% não sabem qual o número do candidato, enquanto metade dos que votam em Mercadante sabem. Foram entrevistadas 2.114 pessoas em 60 cidades. A pesquisa foi registrada no TRE-SP com o número 84.794/2010.

Rio

No Rio de Janeiro, a liderança do governador e candidato a reeleição Sérgio Cabral continua confortável. De acordo com o Datafolha, Cabral seria reeleito com 58% dos votos. Fernando Gabeira (PV) tem 18%. A situação permanece estável desde julho, quando começou a campanha eleitoral.

Faltando menos de 20 dias para a eleição, apenas 25% dos eleitores do peemedebista sabe o número que deve digitar na urna eletrônica. O percentual é idêntico ao dos eleitores de Gabeira. No total, apenas 24% dos eleitores do estado do Rio que declararam ter um candidato disseram corretamente o número. Outros 5% disseram o número errado. E 66% admitiram desconhecer o número.

Registrada no TRE-RJ com o número 79.489/2010, a pesquisa foi realizada segunda e terça-feira desta semana, com 1.273 eleitores de 30 municípios do estado. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Peregrino (PR) tem 4%. Eduardo Serra (PCB) e Cyro Garcia (PSTU) aparecem com 2%. Jefferson Moura (PSOL) tem 1%. Os indecisos são 8%, e 7% pretendem votar em nulo ou branco.

Gabeira tem o seu melhor desempenho entre os mais jovens (28% contra 50% de Cabral) e os com nível superior de escolaridade (29% contra 48%). O candidato do PV também tem a maior rejeição: 31%. Cabral, a menor: 15%.

Minas

Em Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB) voltou a crescer nas intenções de voto para o governo e passou numericamente Hélio Costa (PMDB) pela primeira vez. Mas a disputa no estado continua indefinida, segundo pesquisa Datafolha. Anastasia, atual governador e candidato apoiado por Aécio Neves (PSDB), passou de 36% para 40%. Ele está tecnicamente empatado com Costa, senador e ex-ministro das Comunicações, que oscilou de 39% para 37%.

A margem de erro máxima da pesquisa é de dois percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi feito na segunda e terça-feira desta semana com 1.837 eleitores de 83 municípios e foi registrado no TRE-MG com o número 70.959/2010.

Anastasia cresceu 22 pontos desde julho. O candidato tucano ao governo era vice-governador e assumiu a titularidade em abril após a renúncia de Aécio, seu padrinho político, que disputa uma cadeira no Senado. De acordo com o Datafolha, se a eleição fosse hoje Anastasia terminaria com 50% dos votos válidos, em situação de empate técnico com Costa, que atinge 46%.

Não é possível atestar que a eleição terminaria no primeiro turno. Mesmo tendo apenas dois candidatos competitivos, a soma dos votos dos candidatos "nanicos" pode levar a eleição para o segundo turno. Vanessa Portugal (PSTU), Adilson Rosa (PCO), Fabinho (PCB), Professor Luiz Carlos (PSOL) e Zé Fernando Aparecido (PV) aparecem com 1% das intenções de voto, cada um. Edilson Nascimento (PTdoB) não atingiu 1%.

Para projetar os votos válidos, o Datafolha distribui os indecisos, nulos e brancos proporcionalmente à intenção de voto de cada candidato. O Datafolha, lembra, no entanto, que ainda há um percentual grande de indecisos no estado: 14%. Em um eventual segundo turno, Anastasia teria 45% dos votos contra 42% de Hélio Costa. Mais uma vez, empate técnico. Votariam nulo 3% e 1% pretendem votar em branco.

O tucano tem melhor desempenho na região metropolitana de Belo Horizonte, onde tem 46% das intenções de voto contra 34% de Costa. No interior, os dois estão empatados em 38%.

A menos de 20 dias do primeiro turno, somente 21% dos eleitores sabem o número de seu candidato ou sobre como votar nulo ou branco. Os eleitores de Anastasia são mais bem informados: 30% sabem o número de seu candidato e 68% não conhecem. Entre os eleitores de Hélio Costa, 14% disseram o número correto e 82% não souberam responder.

Da Redação, com informações da Folha.com