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PCs se reúnem para debater conjuntura internacional

A convite do PC Argentino, duas dezenas de partidos comunistas e revolucionários se reuniram na sede do Comitê Central do PCA, em Buenos Aires, no último sábado, 21 de agosto, para trocar ideias de maneira informal sobre temas estratégicos e conjunturais. 

Leocir, Alemão e Carmona - reunião PCs

A reunião foi presidida por Patricio Echegaray, secretário geral do Partido Comunista da Argentina. Pelo Brasil, a delegação do PCdoB foi composta por Ricardo Alemão Abreu, secretário de Relações Internacionais; Ronaldo Carmona, da Comissão Internacional; e Leocir Costa, da Fundação Maurício Grabois.

Da América do Sul, além do anfitrião PCA e do PCdoB, participaram os partidos comunistas do Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru e Colômbia. De outras partes do mundo, dentre outros, assistiram a reunião o PC Português, o PC Espanhol, o PC Francês, a Refundação Comunista da Itália e o DKP da Alemanha; o PC Canedense (marxista-leninista); o PC do Vietnã e do Japão e forças patrióticas de Porto Rico e da Costa Rica.

A totalidade dos Partidos convidados para a reunião participou, entre 17 e 20 de agosto, do 16º Encontro do Foro de São Paulo, também realizado na cidade de Buenos Aires.

Convidado pelos anfitriões, Ricardo Alemão, representando o PCdoB, fez a primeira intervenção da reunião. Alemão valorizou a renovada luta pelo socialismo que surge nas condições do século XXI, ressaltando que esta deve trazer consigo ensinamentos das experiências de construção do socialismo no século XX. Apontou a gravidade da atual crise econômica do capitalismo e valorizou a resistência da América Latina à crise.

No contexto do quadro latino-americano, Alemão advertiu para a importância de os comunistas terem uma leitura da realidade que não busque nivelar experiências que ocorrem em diferentes contextos sociais e econômicos e distintas correlações de forças e anunciou, para 2011, a proposta de realização no Brasil de seminário voltado para debater a integração regional e as atuais experiências progressistas na América Latina. Na busca por compreender o novo quadro, salientou Alemão, é essencial evitar visões simplistas e dogmáticas, buscando aproximações que considerem a singularidade dos cursos nacionais específicos.

O representante do PCdoB também deu uma ampla e detalhada informação sobre a situação brasileira. “No Brasil, vivemos uma polarização política entre dois campos antagônicos. Essencialmente, trata-se de um embate direto entre as forças patrióticas, democráticas, populares e as forças neoliberais. A ampla coalizão que sustenta a candidatura de Dilma Rousseff, com dez partidos, muitos de centro, é a maior aliança já constituída para apoiar uma candidatura liderada pela esquerda”.

Alemão também expôs a visão do PCdoB sobre a importância dos comunistas atuarem em espaços políticos amplos, como por exemplo, o Foro de São Paulo, que ao chegar aos seus 20 anos, tem a marca da contribuição das forças marxistas-leninistas em sua construção.

Alemão também informou, tendo em vista o PCdoB ser membro do Grupo de Trabalho do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, a realização de sua 12º edição, em dezembro próximo, na África do Sul. O representante do PCdoB valorizou a necessidade de que o Encontro reúna todas as expressões do movimento comunista internacional contemporâneo. Alemão ressaltou que nos dois planos, no da América Latina e junto ao movimento comunista em nível mundial, a linha do PCdoB é privilegiar a unidade e a troca fraterna de experiências e posições.

A reunião seguiu com a intervenção de representações de todos os Partidos presentes, que apresentaram questões relativas às suas realidades nacionais, à situação internacional e aos desafios políticos e ideológicos da época atual. De conjunto, um rico encontro que contribui para reafirmar os laços de unidade do movimento comunista em todo o mundo.

Fonte: Secretaria de Relações Internacionais.