Oficina discute ações para melhorar assistência ao parto

Secretaria da Saúde do Estado reunirá gestores das maternidades de Fortaleza e da Região Metropolitana para abordar os principais problemas da assistência ao parto e discutir ações que possam melhorar cada vez mais a prestação de serviços. A II Oficina Ampliada do Plano de Qualificação das Maternidades e Rede Perinatal do Nordeste e Amazônia Legal será realizada na sexta-feira, 20 de agosto, das 8h às 17h30, no Auditório Waldir Arcoverde da Sesa, Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema.

O Plano de Qualificação das Maternidades e Rede Perinatal do Nordeste e Amazônia Legal compõe o Pacto de redução da Mortalidade Infantil na Amazônia Legal e Nordeste e é executado em 26 principais maternidades das duas regiões, responsáveis por mais de 110 mil partos ao ano. O projeto teve início efetivo em janeiro de 2010 e tem seu término previsto para dezembro deste. Do Ceará, participam o Hospital Geral César Cals, da rede pública estadual, e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Para a II Oficina Ampliada está prevista, ainda, a participação de representantes dos Gonzaguinhas de Messejana, Barra do Ceará e José Walter, do Hospital Nossa Senhora da Conceição, do Hospital Waldemar Alcântara, do Hospital Infantil Albert Sabin e do Hospital Geral de Fortaleza.

Os gestores das maternidades conhecerão durante a oficina a experiência da Rede Perinatal e Regulação Assistencial de Belo Horizonte. Aos participantes da oficina será apresentada a proposta de instituição do Fórum da Rede Perinatal de Fortaleza. As redes perinatais são organizadas para proporcionar garantia de assistência, exames, atendimento para os casos de risco e garantia de vaga para o parto, assim como o acompanhamento mais constante em casos de vulnerabilidade (como bebês prematuros).

Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil foi firmado em 2009 entre o governo federal e os Estados do Nordeste e da Amazônia Legal. O objetivo é acelerar a redução das desigualdades regionais relacionadas à mortalidade infantil, com ações concentradas em 256 municípios prioritários, englobando a qualificação da atenção ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido, educação em saúde, gestão da informação, vigilância do óbito infantil, fortalecimento do controle social, mobilização e comunicação, e produção de conhecimento e pesquisa.

A taxa de mortalidade infantil no Ceará está em queda. Em 2007, a taxa foi de 16,1 por mil nascidos vivos. Em 2008, caiu para 15,8, em 2009 para 15,4, e, para 2010, a meta é de 14,7 por mil nascidos vivos. O número de óbitos infantis é maior na faixa etária de menores de sete dias. Em 2007, o número de óbitos perinatais, que incluem perdas fetais a partir de 22 semanas de gravidez, até os menores de sete dias após o parto, foi de 2.819 casos, de acordo com o levantamento da Sesa. As causas se relacionam, principalmente, à qualidade do pré-natal a que a mãe se submete e da assistência à mulher no parto.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre os anos de 2000 e 2007 morreram 24.121 crianças menores de um ano no Ceará. Do total, a maior quantidade foi em Fortaleza (6.484 óbitos), seguida de Juazeiro do Norte (678) e Caucaia (604), que estão entre os 18 municípios incluídos na Chamada Neonatal. Os outros municípios prioritários são Barbalha, Camocim, Canindé, Crateús, Crato, Granja, Icó, Iguatu, Itapipoca, Maracanaú, Quixadá, São Benedito, Sobral, Tianguá e Viçosa do Ceará. Esses 18 municípios concentram 50% dos óbitos infantis no Estado.

O Plano Estadual de Redução da Mortalidade Infantil, que a Secretaria da Saúde do Estado divulgou no ano passado, estabelece três linhas de ação prioritárias: a implantação de 57 novos leitos de UTI neonatal, passando das atuais 118 para 175, criação de 209 novos leitos nas unidades de cuidados intermediários neonatal, chegando a 383, e expansão da cobertura do Programa Saúde da Família nos 18 municípios prioritários.

Fonte: Assessoria de imprensa da Sesa