João Ananias propõe debate sobre greve dos médicos residentes

“Queremos reunir médicos, entidades, Estado e Prefeitura para discutir essa situação. A população não pode sofrer com a greve dos médicos residentes”, comentou, acrescentando que também entrará em contato com deputados federais e senadores para tentar resolver o problema. “Existem três projetos na Câmara Federal com reivindicações desses profissionais”, comentou, se dirigindo aos médicos presentes nas galerias.

Segundo Ananias, os médicos recebem R$ 1.916,45 por 60 horas semanais de trabalho. “O valor é injusto e está congelado desde 2006”, avaliou. Segundo o deputado, além do aumento do piso, eles querem o pagamento de auxílios moradia e alimentação e a implantação de uma data-base. “Todas as categorias têm uma data-base. Por que eles não podem ter também?”, questionou.

Ananias salientou que os residentes são médicos que estão fazendo especialização e que serão essenciais para o funcionamento das policlínicas que estão sendo criadas pelo Governo do Estado. “Inclusive existe um projeto de indicação nosso, tramitando na Casa, propondo que esses médicos sejam efetivados nos quadros da Secretaria de Saúde do Estado, caso eles queiram continuar nos hospitais públicos do Estado”, observou.

Ainda segundo Ananias, o movimento nacional dos médicos residentes chegou a negociar as reivindicações com os ministérios da Educação e da Saúde, que teriam alegado falta de orçamento para atender os pedidos. “Não têm como oferecer serviço de saúde de qualidade com médicos mal pagos”, disse.

Em aparte, o deputado Artur Bruno (PT) concordou com João Ananias, lembrando que o Governo do Estado criou o PCCS dos médicos “com um considerável aumento para eles”. Contudo, a situação dos residentes, conforme Bruno, precisa ser resolvida o quanto antes. “Todas as reivindicações deles são legítimas”, pontuou.

O deputado Lula Morais (PCdoB) acrescentou que desde 1979 os médicos residentes lutam pelos seus direitos. “Somente em 1981 foi instituída uma lei garantindo as 60 horas semanais", assinalou. De acordo com o deputado, os médicos residentes, como o nome já sugere, moram nos hospitais, e ultrapassam as 60 horas. Ele também cobrou celeridade por parte dos governos para resolver a greve dos médicos “para que a população que precisa do SUS não seja penalizada”.

O líder do Governo na Casa, deputado Nelson Martins (PT) se colocou à disposição dos médicos para buscar uma solução junto ao Governo do Estado e Governo Federal. “Faremos o que for preciso para resolver essa situação”, disse.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL