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Agenda de Temer vai priorizar locais onde o PMDB está dividido

Com 2 milhões de filiados, 8.497 vereadores, 4.671 diretórios municipais e 1.201 prefeitos, o PMDB transformou-se numa máquina regional de fazer votos, ao longo dos últimos 40 anos. Agora, o partido vai testar sua força regional numa campanha nacional, com uma agenda específica para o deputado Michel Temer, o candidato a vice na coligação “Para o Brasil Seguir Mudando”.

É também um teste para um futuro projeto presidencial próprio, mas, no curto prazo, os compromissos foram marcados para Michel Temer e a cúpula peemedebista para locais onde o PMDB se dividiu e a candidata petista, Dilma Rousseff, enfrenta mais dificuldades, como é o caso da região Sul do país.

Por isso, o primeiro ato do PMDB está marcado para o dia 9, em Santa Catarina, no município de Camboriú. O ato deve reunir vereadores, prefeitos e deputados do PMDB, além dê militantes que serão convocados e transportados pelo partido. Em Santa Catarina, o PMDB se dividiu: o grupo liderado pelo ex-governador Paulo Affonso e pelo presidente da seção local, deputado João Marcos, subirá no palanque de Dilma, enquanto o ex-governador e candidato ao Senado Luiz Henrique fez aliança com o Democratas.

A escala seguinte será Mato Grosso do Sul, onde a principal liderança estadual, o governador André Puccinelli, está no palanque de José Serra, candidato do PSDB a presidente. Segundo o coordenador da caravana peemedebista, Moreira Franco, apesar da divisão os atos serão realizados sem ataques entre os grupos internos, cada qual respeitando a opção feita pelo outro lado.

De Campo Grande (MS), onde estará na sexta-feira 13, a caravana peemedebista vai a São Luís, capital do Maranhão, para fazer um ato de apoio à candidatura de Roseana Sarney, que disputa a reeleição filiada ao partido (ela era do DEM). Roseana ganhou o governo por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o patriarca da família, José Sarney, exige todo o apoio possível à filha candidata — do presidente Lula, passando por Dilma Rousseff, à cúpula de seu partido.

Linha de produção de votos

"Essa é a melhor contribuição que nós podemos dar para a campanha de Dilma Rousseff, neste momento", diz Moreira Franco, ex-governador do Rio, ex-deputado que largou uma das vice-presidências da Caixa Econômica Federal para integrar a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer a presidente.

"É mobilizar a nossa máquina para que ela trabalhe como uma linha de produção de votos", agrega. “Temos uma boa experiência com campanhas estaduais. Essa é a primeira vez que vamos tentar unidos usar essa experiência numa campanha nacional."