Educação, ciência, arte e inclusão social?

Cremos que a valorização da cultura na Universidade tem importância fundamental, sobretudo pelos seus grandes aportes sociais, especialmente à democracia e à convivência. Ao mesmo tempo que sabemos que é difícil atribuir um valor ao retorno social das políticas culturais.
A questão é que ao redor de todo o mundo, a cultura está encontrando novas estratégias sociais para o fomento da produção artística. As políticas culturais desenvolvidas pelo Diretório Central dos Estudantes e os Centros Acadêmicos da UFPI ajudam a emergir a diversidade que, muitas vezes, não pode ser observada a partir de políticas mais distantes, centralizadas na administração superior. Esse exemplo deve ser entendido pelo Reitor e seus subordinadas.

Fato é que a UFPI, na sua administração superior, deixa de cumprir o princípio básico de contribuir com a produção cultural de seus estudantes. O Senhor Diretor do Centro de Ciências Humanas e Letras – CCHL, Pedro Vilarinho em um ato de ego ressentido, não permitiu a realização do II Festival de Música Autoral, que aconteceria no estacionamento do Centro, entre argumentos chulos, ele usou um que no mínimo é imoral para um professor da sua titulação “é que os vizinhos reclamam do barulho, inclusive eu que moro a três quadras daqui, não consegui dormir no último evento” e ainda declarou que não liberaria de jeito nenhum para o evento.

Nesse sentido, um projeto para a Cultura e a Arte na Universidade Federal do Piauí envolve muito mais que um slogan de administração. Esse movimento deve buscar não apenas um novo posicionamento, mas principalmente consolidar novos entendimentos para a idéia de Cultura e Arte no conjunto da Universidade, caracterizando-a como uma dimensão crucial e indispensável do processo de consolidação e desenvolvimento da própria Instituição.

Refletiremos: dentro da nossa realidade, o que podemos dizer do slogan da administração superior da UFPI?

As universidades desde os seus primórdios tiveram um papel fundamental para o crescimento científico e cultural dos povos, entre outros motivos porque à semelhança dos níveis de ensino que a precede elas estão voltadas à produção do conhecimento e ao aprendizado, aprendizado inclusive de como produzir novos conhecimentos, é o que o Reitor e seus apaniguados devem fazer é produzir para poderem aprender que a sociedade não se cala diante do autoritarismo.

*Estudante do Curso de Licenciatura Plena em Letras Português/Francês da UFPI e Diretor de Esporte e Cultura do DCE/UFPI.