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Dilma defende os movimentos: questão social não é caso de polícia

A candidata à Presidência Dilma Rousseff, da coligação “Para o Brasil Seguir Mudando”, repudiou na noite nesta sexta-feira (19) as reiteradas tentativas de setores conservadores de criminalizar os movimentos sociais. No encerramento do evento em que o PSB lhe entregou propostas para seu programa de governo, Dilma se contrapôs à máxima de Washington Luís, ex-presidente da República (1926-1930), segundo a qual “a questão social é caso de polícia”.

“Acho injustificável que a forma de diálogo com o movimento social, muitas vezes adotada em nosso país, foi aquilo que a República Velha dizia: ‘Questão social é um caso de polícia’. Há uma diferença de postura entre diálogo e cumplicidade com ilegalidade. Não é admissível”, afirmou a presidenciável.

Entre as sugestões apresentadas pelo PSB, está o fortalecimento de entidades progressistas como Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), além do “aumento do diálogo” e da “eliminação de repressão” aos ao conjunto dos movimentos sociais.

“Você não pode confundir movimento social com governo, partido com governo. Governo é uma instituição que tem, necessariamente, que ser de e para todos”, ponderou Dilma. “Quando você considerar o movimento social, você vai ter de ver que ele representa uma parte da sociedade. Isso não pode significar que ele seja reprimido, recebido a bordoada ou objeto de uma criminalização indevida.”

Em contrapartida, afirmou Dilma, cabe aos movimentos respeitar o Estado Democrático de Direito, sem cometer ilegalidades em suas lutas. Ao final, a candidata observou que considera "injustificável" a falta de diálogo com os movimentos sociais — marca inconfundível das gestões tucanas.

No documento entregue a Dilma, o PSB defende o fortalecimento dos movimentos sociais. Nesse quesito, o partido se refere, especificamente, ao MST, defendendo o aumento do diálogo, o fim da repressão e o reconhecimento no "atraso na promoção da reforma agrária".

Da Redação, com agências