Sem categoria

Hezbollah adverte Israel de perdas se atacar o Líbano

Israel sofrerá grandes perdas se ousar atacar novamente o Líbano, afirmou o subsecretário geral do Hezbollah, xeique Naim Qassem, ao recordar neste sábado (10) o quarto aniversário de uma guerra de 34 dias com o Estado sionista.

Qassem lembrou que o agrupamento xiita está preparado para dar uma "esmagadora resposta" ao exército de Tel Aviv, similar à imposta durante a invasão de julho de 2006 que obrigou o seu recuo.

O segundo homem do movimento de resistência libanês aconselhou Israel a evitar outra "derrota humilhante", pois "se o resultado da guerra de julho foi um fracasso para suas tropas, sofreria grandes perdas em sua próxima agressão".

Aquele conflito teve como fim destruir o arsenal e as bases da resistência libanesa, mas Israel se viu forçado a abandonar a região depois de sofrer 163 baixas letais, a maioria delas soldados.

O exército sionista, no entanto, provocou mais de 1.200 mortos libaneses, basicamente civis, e destruiu numerosos edifícios de moradia, zonas residenciais e outras infraestruturas nos subúrbios do sul de Beirute, de modo geral habitados por xiitas.

As declarações de Qassem à televisão síria, difundidas também em Beirute, se produziram a raiz de que o exército israelense, em uma prática pouco comum, difundiu na quarta-feira (7) mapas e fotos aéreas que mostravam que o Hezbollah moveu mais ao sul várias de suas bases.

Fontes castrenses em Tel Aviv disseram que esse suposto movimento mais próximo da fronteira norte de Israel indica que a resistência se prepara para a guerra, um argumento que tenta justificar denúncias de crescentes ações hostis israelenses contra o Líbano.

Analistas acham que a publicação do que Israel descreveu como "valiosa informação de inteligência" estava dirigida a demonstrar seu poder, sua capacidade de infiltração e preparar a sua opinião pública para um futuro confronto.

De fato, o exército judeu asseverou nesta semana que "o Hezbollah está se estabelecendo com uma crescente força em aldeias", em virtude de que disseram ver a uns 90 milicianos xiitas operando em Al-Hyyam.

Por outro lado, fontes nesta capital afirmaram que aviões militares israelenses seguem violando o espaço aéreo libanês em desacato à resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, adotada em 2006.

A informação precisou que um avião de reconhecimento sobrevoou na terça-feira (6) o povoado de Alma Al-Shaab e realizou vôos em círculo sobre regiões do sul, região limítrofe onde foram estabelecidas as forças de paz da ONU depois da confronto há quatro anos.

Prensa Latina