Novo guia traz mudanças no tratamento da tuberculose

A Secretaria da Saúde do Estado acaba de atualizar as recomendações para tratamento da tuberculose em adultos e adolescentes, com base nas orientações do Ministério da Saúde. O protocolo, impresso pela Sesa com as mudanças, está sendo distribuído com as equipes do Programa Família da Família e das unidades de referência de todo o Estado.

As principais mudanças são a introdução do Etambutol como quarto fármaco na fase intensiva do esquema básico, com o objetivo de prevenir a resistência bacilar aos fármacos anti-Tb, e introdução de comprimidos formulados com os quatro fármacos em doses fixas combinadas para a fase intensiva do tratamento nos dois primeiros meses. Para crianças com até 10 anos continua sendo preconizado o esquema atual (2RHZ/4RH).

O protocolo esclarece que continuarão disponíveis as medicações em formulações individualizadas para utilização em esquemas especiais. Como recomendações, enfatiza a necessidade de organização dos níveis assistenciais, prioridade para a atenção básica e a formalização de uma rede integrada de referência e contra-referência. Cultura, identificação e teste de sensibilidade deverão ser solicitados para todos os casos com baciloscopia positiva ao final do segundo mês de tratamento. Os casos de efeitos adversos “maiores”, falência e com qualquer resistência devem ser encaminhados para unidades de referência, notificados no Sistema de Informação para Tratamentos Especiais de Tuberculose (SITETB) e encerrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN).

Identificada há quase 130 anos, a doença atinge um terço da população mundial. Existem várias formas de tuberculose (pulmonar, meníngea, miliar, óssea, renal, cutânea, genital entre outras). A forma mais frequente e mais contagiosa é a pulmonar. Um paciente da forma pulmonar da doença, se não tratado, em um ano pode infectar de 10 a 15 pessoas. A via aérea é a principal via de transmissão da tuberculose. A maioria dos casos ocorre em pacientes do sexo masculino e em idade produtiva, prejudicando ainda mais as condições de vida das famílias carentes, maiores vítimas da tuberculose.

Entre as principais causas do contágio estão a falta de saneamento básico e alimentação de baixa qualidade nutricional, somadas à falta de informação sobre a doença. No Brasil, os estados do Amazonas, Rio de Janeiro e Ceará registram a maior incidência de casos. Toda a população brasileira tem direito ao diagnóstico e tratamento gratuitos no Sistema Único de Saúde

No Ceará, no ano de 2009, foram notificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 3.168 novos casos de tuberculose, correspondendo a um coeficiente de incidência de 37,1 por 10 mil habitantes, índice que ficou abaixo do registrado em 2008, quando ocorreram 3.721 novos casos, ou seja 44,0 por 100 mil habitantes.

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Fonte: Assessoria de imprensa da Sesa