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Ex-chefe da CIA autorizou apagar fitas com torturas

O ex-chefe da Agência Central de Inteligência (CIA), Porter Goss, deu o sinal verde para que fossem apagadas as fitas gravadas com o interrogatório brutal e com uso de tortura de dois suspeitos de terrorismo.

De acordo com e-mails internos da CIA, em 2005 o então diretor do serviço clandestino da agência, José Rodriguez, deu ordens para que fossem destruídas centenas de fitas com torturas, uma medida aprovada por Goss.

Entretanto, Rodriguez revelou especial preocupação em relação à destruição de 92 fitas, dizendo que se elas viessem à tona seriam "devastadoras" para a CIA, de acordo com informações divulgadas pela Associated Press nesta sexta-feira (16).

"PG gargalhou e disse que, na verdade, seria ele mesmo, PG, que revelaria as fitas", sugerem os documentos, referindo-se à piada feita por Goss.

"PG, mesmo assim, concordou com a decisão", sugere mais adiante a mensagem eletrônica.

As fitas mostravam agentes da CIA usando em 2002 uma técnica de tortura apelidadade de waterboarding, um afogamento simulado que é amplamente considerado uma forma de tortura, em um interrogatório com dois supostos membros da al-Qaida, identificados como Abu Zubaydah e Abd al-Rahim al-Nashiri.

Da redação, com informações da Press TV