Inácio Arruda homenageia Fortaleza pelos 284 anos

O aniversário de Fortaleza foi lembrado no Senado Federal, com um pronunciamento do senador Inácio Arruda, que destacou a saga dos cearenses, a hospitalidade do povo e a beleza da cidade, que este ano completa 284 anos.

“A loira desposada do sol”, como falou o poeta Gustavo Barroso, com praias maravilhosas de águas quentes o dia inteiro, um povo trabalhador e hospitaleiro, nasceu às margens do rio Pajeú, em volta do Forte de Nossa Senhora de Assunção. A cidade, segundo o senador, cresceu de forma vertiginosa. Em 1970, sua população não chegava a 500 mil habitantes; hoje moram na capital 2,5 milhões de pessoas.

Em seu pronunciamento, Inácio ressaltou o êxodo dos cearenses primeiro para a região norte, procurando água – rio Parnaíba, os rios do interior maranhense, Balsas, Tocantins –, “e fomos entrando pelo Pará e ocupamos tudo, Altamira, Marabá. E fomos para Roraima, fomos para o Amapá, chegamos ao Acre, ao Amazonas. Depois, a borracha, que atraiu milhares e milhares, levas e levas de cearenses e de nordestinos em geral”.

Depois de conquistar o norte, os cearenses procuraram o sul e o sudeste, com a industrialização, que puxou os nordestinos. Talvez a última grande saída tenha sido Brasília, lembra o senador. “Vieram de lá para cá nesse sonho da construção da cidade e para terem um emprego na construção civil daquela época”. O destino dos cearenses agora passou a ser a cidade de Fortaleza. E aquela infraestrutura dos anos setenta teve que receber milhares e milhares de cearenses, em grandes períodos de estiagem.

Inácio destacou também vários movimentos extraordinários que marcaram essa cidade. “Fortaleza é a terra do Dragão do Mar, que junto com outros companheiros e um conjunto de mulheres bravas – entre elas, Francisca Matilde, Maria Tomásia e Francisca Clotilde – disseram: “Em Fortaleza, não desembarcam mais escravos”. Fortaleza também é a terra da Padaria Espiritual, um movimento literário, “também extraordinário”, precursor da Semana de Arte Moderna, no século XIX, puxado por Antônio Sales. “Um grupo literário que sedimentou-se, dizendo: “Nós vamos cultivar a nossa língua, a nossa natividade, o nosso povo, o nosso pão”.

Então, segundo Inácio, a cidade foi se constituindo, avançando, crescendo. E, nesses últimos 30 a 40 anos, ela passou a ser o centro da atenção do cearense. “Antes, a gente partia para qualquer lugar, pelo mundo afora. Não há canto do mundo que não tenha cearense. Mas agora poucos querem deixar essa terra. Há uma pesquisa feita no Ceará por um instituto que diz que 83% dos cearenses não querem sair do Ceará”.

Ainda em seu pronunciamento, o senador Inácio Arruda homenageou alguns jornalistas cearenses que se destacaram na imprensa nacional, principalmente nos jornais de Brasília, como Lustosa da Costa, Paulo Cabral e Ary Cunha. E prestou uma homenagem especial ao engenheiro João Parente, autor de vários projetos de dragagem dos rios de Fortaleza e da região metropolitana. Ele destacou o projeto de macrodrenagem dos rios Maranguapinho e Coco, o primeiro programa do PAC no Estado do Ceará: uma obra de R$398 milhões. “Considero que os investimentos todos vão somar mais de R$500 milhões. Vão atender 24,2 mil famílias e, no conjunto, vão impactar 350 mil moradores. Sendo que só aí, nessa região, nós vamos tratar de 9 mil unidades habitacionais que vão ser construídas para retirar as pessoas das áreas de risco, de dentro dos leitos dos rios”.

Por fim Inácio parabenizou a prefeita Luizianne Lins e o governador do Ceará Cid Gomes, destacando as obras de infraestrutura em andamento na cidade, como o Metro de Fortaleza e o Transfor. “Parabéns, Fortaleza, por essa longa vida e que possamos te ajudar a dar dias muito bons para o nosso povo”, finalizou.

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Fonte: Assessoria de imprensa do Senador Inácio Arruda