Ananias: Compra de hospital não foi efetivada por falta de alvará

O deputado João Ananias (PCdoB) afirmou nesta quarta-feira (14/04), em sessão plenária, que a compra de um hospital particular prometido pelo Governo do Estado só não se concretizou ainda porque haviam sido detectadas algumas pendências no processo.

De acordo com Ananias, a construção da nova unidade objetiva desafogar hospitais da cidade como IJF, HGF e Albert Sabin. “Será um hospital de qualidade, onde o paciente estabilizado grave é transferido, em vez de ficar nas filas”, explicou, ao adiantar que a perspectiva é disponibilizar 204 leitos.

João Ananias lembrou que o assunto foi discutido em audiência do governador Cid Gomes (PSB) com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Pelo acordo, o Governo Estadual compraria o hospital, orçado em R$ 62 milhões, com contrapartida de 60%, do Ministério da Saúde.

Segundo o deputado, a Capital vem passando por um problema “grave” de regulação do Sistema Único de Saúde (SUS), e por um desequilíbrio entre oferta e demanda. Isso se deve a mudanças no perfil demográfico, com crescimento exagerado das cidades, a violência, e o aumento do número de acidentes de motos. Para abrandar a situação, o parlamentar entende que é preciso mais investimentos na área.

Por outro lado, Ananias fez questão de ressaltar os investimentos do Governo na área da saúde, com construção dos hospitais do Cariri (Juazeiro do Norte), com 209 leitos, e Macro Regional Norte (Sobral), com 269 leitos. Ananias disse que a construção dessas unidades ajudará a minimizar a superlotação dos hospitais da Capital, já que os pacientes não serão mais transferidos para Fortaleza.

Em aparte, o deputado Adahil Barreto lembrou que à época da compra do novo hospital, o governador reuniu todos os municípios da Região Metropolitana de Fortaleza “e ficou acertado que a situação era de emergência”. No caso do alvará de funcionamento, ele sugeriu “um entendimento rápido” entre Cid Gomes e a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, tendo em vista “uma parceria muito próxima” entre os dois. “Para que esses hospitais venham a funcionar, demanda tempo. Em menos de dois anos não funcionarão porque não é necessário pessoal, equipamentos, investimentos”, ressaltou o parlamentar.

O deputado Ferreira Aragão (PDT) lembrou de um projeto, de sua autoria, que dispõe sobre a obrigatoriedade dos hospitais, sejam eles particulares ou públicos, de terem geradores. A falta destes, argumentou ele, têm levado várias pessoas à morte.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL