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EUA: Câmara aprova reforma da saúde proposta por Obama

A proposta de reforma na assistência média dos Estados Unidos feita pela administração Obama foi aprovada neste domingo (21) na Câmara de Representantes dos Estados Unidos, casa legislativa equivalente à Câmara dos Deputados brasileira. A proposta foi aprovada por 219 votos contra 212. Eram necessários pelo menos 216 votos favoráveis.

A reforma pode beneficiar mais de 30 milhões de estadunidenses que não tinham qualquer tipo de cobertura médica. Aprovada na Câmara, o projeto segue agora para votação no Senado, em um procedimento chamado de "reconciliação", que permite a aprovação por maioria simples de 51 votos, o que deve ser conseguido com facilidade pelos democratas. O texto deve ainda ser sancionado por Obama.

A reforma do sistema de saúde é uma das principais bandeiras da política interna de Obama. A aprovação pela Câmara dos Representantes acontece depois de um ano de confronto e de uma dramática semana, na qual Obama fez intensa campanha para obter apoio ao projeto, fundamental para o futuro do projeto político interno da atual administração.

Antes da aprovação, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos havia acertado as regras para a votação final do projeto. A definição das regras foi aprovada com 224 votos a favor e 206 contra, numa prévia do que seria a posterior votação da reforma.

Obama se comprometeu a assinar o documento no domingo mesmo, aceitando reafirmar nele a proibição aos abortos com dinheiro público, o que ampliou sua margem de apoio à reforma entre os conservadores.

O projeto pretende ampliar a cobertura médica a 32 milhões de americanos que hoje não têm qualquer tipo de assistência. Com a lei, 95% dos quase 300 milhões de habitantes dos EUA terão cobertura médica, após uma reforma que custará US$ 940 bilhões de dólares em 10 anos.

Os lobies das empresas de plano de saúde fizeram oposição contumaz ao projeto, que deverá acabar com abusivas práticas da indústria da saúde local, como a recusa de aceitar tratar pessoas com doenças pré-existentes.

No sábado, Obama foi pessoalmente ao Congresso para pedir apoio à reforma: "se vocês acreditam de alma e consciência que não vamos melhorar a situação atual (…) então votem não (…), mas se estão de acordo sobre o fato de que o sistema não atende mais as famílias modestas, se vocês conheceram as mesmas histórias que eu por todo o país, me ajudem a consertar este sistema", observou.

Da redação, com agências