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Paulo Henrique Amorim: FHC e Folha querem Lula ajoelhado aos EUA

“Mas, quem sabe, (Joaquim) Nabuco não estivesse delineando (os tucanos gostam de gerúndio – PHA) naquela época (sic) para o Brasil uma relação mais estreita com os Estados Unidos, que desse espaço para o país (qual?) se afirmar mais (sic) em sua área de influência naquela época (sic), exercendo (olha o gerúndio tucano – PHA) uma ação de moderação (sic) na América Latina.”

Por Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada

Esse texto lapidar, escorreito, claro, inequívoco é trecho de palestra que o Farol de Alexandria (Fernando Henrique Cardoso) pronunciou na Academia Brasileira de Letras e se encontra mumificado num pé de página da Folha (*) da província de São Paulo, na página A12.

Quando o New York Times NewService não renovou contrato de colaboração com o Farol de Alexandria, um jornalista americano que participou do desenlace me explicou que o principal problema do Farol é que o texto dele é “bloated” – inchado, empanturrado, gorduroso.

Mas, não é esse o problema.

O problema é o conteúdo

O que o Farol quis dizer, se soubesse falar, foi o seguinte:

Política externa boa era a minha, de alinhamento automático com os Estados Unidos (do Clinton, que me re-elegeu).

Essa história de ter uma “ação de moderação (sic)” na América Latina é muito interessante.

Quem modera na Colômbia?

Quem modera no Panamá?

Quem modera na base militar americana no Paraguai?

Foi ele, o “moderador”, que moderou essa “ação moderadora” dos Estados Unidos na América Latina?

O que o Farol não tolera é a projeção internacional do Brasil, no governo Lula.

Nem ele nem os chanceleres do Serra: Lampreia, Barbosa, Lafer, Otavinho, etc .

Agora, por exemplo, segundo a capa do Estadão da província de S. P., Israel pediu para Celso Amorim ir à Síria conversar sobre o Irã.

O Farol morre de inveja.

E cuidado: o texto dele tem alto teor de colesterol.

Em tempo: na mesma reportagem da Folha (*), FHC sugere que o PSDB comece a campanha mesmo sem candidato. Interessante. O PSDB quer escolher o vice antes do candidato. E agora fazer campanha SEM candidato. Eles são uns gênios.

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.